FOTO DO ALMOÇO ANUAL

FOTO DO ALMOÇO ANUAL
A VELHA MALTA

sexta-feira, 29 de abril de 2011

ANIVERSÁRIO

ANIVERSÁRIO DO BRISAS DO SUL
Por João Brito Sousa

Sou colaborador no jornal BRISAS DO SUL, que vai comemorar em 20/ 04, o seu 14º aniversário. Fazemos anos e contrariamente ao que disse o poeta João de Deus, para nós, jornal, não é asneira fazê-los mas sim motivo de encantamento. Para nós, jornal, fazer anos é a concretização dum projecto, é a alegria de termos vencido, é a satisfação de termos estado sempre ao lado da informação jornalística credível, é termos tido o prazer de termos alinhado com os mais necessitados, que aqui sempre tiveram voz, é termos tido em consideração a respeitabilidade de termos defendido o concelho, nas suas mais variadas vertentes, em suma, é respiramos a satisfação do dever cumprido e sentir que estamos vivos.




Esta nossa alegria, estende-se e é compartilhada, desde o Director até aos colaboradores, a quem o jornal deixa já o seu muito obrigado, pela dedicação, competência, disponibilidade, gosto pela notícia uns, gosto pelas crónicas que escreveram outros. Um pouco da força que o jornal consegue revelar, vem deles, da sua imaginação, do seu talento, da sua resposta.


Com um abraço em troca.


E assim, o jornal pôde desempenhar o seu papel de informar , que é, no fundo, a razão de ser da sua existência. E, baseado numa linha de orientação séria, onde todos demos o nosso melhor, chegámos aos leitores com a juventude dos dezoito anos, com a robustez dos vinte, com a esperança dos vinte e cinco e com a experiência dos cinquenta anos, de um homem que se preze.
Não foi por acaso que aos leitores estendemos a mão, informando, mas foi também porque eles nos procuraram, conseguindo estabelecer com eles uma relação de afecto, de amizade de grande profissionalismo. A tal ponto que hoje somos bastante procurados, somos muito lidos, somos dignificados.






Pelo menos são esses os grandes indicadores que nos chegam. Fizemos entrevistas a grandes personalidades do concelho que aqui expuseram livremente os seus pontos de vista, obedecendo como é natural, às regras do jornalismo moderno que se encaixa dentro dos princípios éticos que norteiam a sociedade moderna, grandes reportagens de âmbito social e político foram aqui efectuadas, grandes vultos da literatura do Algarve estiveram e estão connosco e, já agora, pedimos licença para citar um nome, porque tem a simpatia de todos, respeito e consideração e tem uma alma enormíssima e um coração onde ele recebe o mundo inteiro. É um poeta e chama-se Manuel Madeira E escreve coisas maravilhosas porque é um homem sério, culto, instruído e que conhece o valor da vida, conhece a própria vida e está connosco, quer na qualidade de colaborador, quer ainda de leitor, entre outras coisas. Por esta via queremos que Manuel Madeira saiba que temos muito orgulho que seja um dos nossos.




E queremos dizer mais, é este jornal que lhe vai preparar uma homenagem de reconhecimento de mérito, por aquilo que de muito deu ao nosso jornal, à cultura portuguesa, á juventude para quem é um exemplo vivo. Aqui, muitas vezes dissemos não, se bem que a maioria das vezes tenhamos dito dissemos sim. Talvez, nunca foi a nossa direcção. Para Manuel Madeira vamos


dizer sim.


Fizemos jus a quem em nós confiou.


A nossa disposição continua em alta, no sentido de sermos cada vez mais respeitados e considerados e a nossa meta é sempre fazer melhor. A nossa qualidade informativa, bem como a nossa vontade de informar, situa-se na zona do infinitamente possível. E cremos que cada dia que passa podemos informar com mais qualidade.


A crise económica que o País atravessa vai ser uma das nossas preocupações de amanhã. O País está em dificuldades, períodos negros se avizinham e nós queremos contribuir com a nossa opinião. Queremos ouvir e ser ouvidos, queremos igualmente recordar aqui a nossa história, a data de 1143 e o seu significado, os motivos da expansão portuguesa, o significado de 1820, a rua 31 de Janeiro no Porto, o Alferes Malheiro, Garrett, Herculano, José Estêvão, Oliveira Martins, Antero, Ramalho Ortigão, Eça, Aquilino e dentre dos actuais Armando Baptista Bastos, um escritor único, de uma grandiosidade enorme, português de sempre, que escreveu páginas grandiosas de autêntica portugalidade. Nós no jornal, também temos orgulho de ser portugueses e não vamos esquecer os homens da República, Teófilo e Arriaga, Machado dos Santos e tantos outros. E somos pelo 25 de Abril, a gloriosa madrugada de Grândola Vila Morena.




O jornal ocupa os nossos dias, ocupa a nossa vida, é a nossa vida. E a nossa relação com o jornal é de uma dedicação exclusiva, é de uma amizade extrema, digamos que a vida do jornal tem quase tudo de nós, a vida do jornal confunde-se com a nossa vida, a vida do jornal e a nossa vida são almas gémeas, são irmãos siameses, somos, digamos, dois em um




E estamos aqui para defesa dos interesses do concelho, para aprender com quem sabe mais do que nós, para ajuizar e reflectir, para dizer aos nossos leitores que temos orgulho no nosso passado e que já temos saudades do futuro, com disse Teixeira de Pascoaes.


E que entre o nada e a dor somos pela dor, como disse Faulkner.


E que somos livres, somos livres de dizer como cantou Ermelinda Duarte.


E que não nos arrependemos de nada do que fizemos como cantou Edith Piaf.


E estamos com o My Way de Sinatra.


E com Zeca Afonso no Bairro Negro, Menino sem condição, tira os olhos do chão, vem ver a luz.

É o nosso aniversário. Que venham os parabéns sinceros.


Que nós vamos aceitar com elevação e dignidade.


Sem a menor dúvida.


A todos o nosso abraço.


jbritosousa@sapo.pt


POEMA

ESCRITOR


É ele que sabe, que estuda e conclui
É ele que me diz, informa e esclarece
É ele que me fala da criança que fui
E esclarece-me do que sabe e conhece

O escritor transforma-nos a mentalidade
Ajuda-nos a ver mais longe e mais claro
Toda a sua vida é uma prova de amizade
Quer ajudar-nos e torna-se num caso raro

Se escrever poemas mostra-nos a beleza
O encanto e a magia da vida, de certeza
Por isso essa pessoa é um intelectual maior

De grande cultura, um homem que estuda
E toda a nossa mente garante que a muda
Porque quer fazer de nós um ser melhor …

JBS

CONTO

(Eu e o Dr. Varela Pires)


DIGO-TE AMANHÃ

Por João Brito Sousa

Eram 23 horas de sábado. Pedrito tinha-se divorciado havia duas semanas e estava sozinho. Sentia as necessidades fisiológicas normais num adulto e sentiu o desejo de encontrar uma companheira, num jogo sério e limpo. Encontrou na net uma forma de comunicar, um anúncio com nº de telefone e email, senhora de cinquenta e cinco anos, procurava amizade no sexo oposto. Pedrito pegou no telemóvel e ligou para o número que constava no anúncio. Veio uma voz feminina que atendeu, atenciosa e melódica e travou-se um dialogo amigo, que durou mais ou menos uma hora, o que, vindo do zero em conhecimentos pessoais, foi brilhante.
- Mas eu posso estar aí amanhã às doze horas, disse Pedrito
- Ok, cá o espero.
E assim foi. Às 12 horas do dia seguinte, Pedrito estava defronte da porta de saída da estação do caminho de ferro do destino e pouco depois chegou a senhora num mais ou menos luxuoso Mercedes Benz. A porta abriu-se e Pedrito entrou, descontraidamente ou mais ou menos e a senhora cumprimentou-o com cortesia e educação. Duas horas depois de um dialogo interessante a senhora disse; estou a gostar muito de estar consigo. E Pedrito agradeceu e sorriu numa expressão que só ele entendia.
Pedrito também achava que sim, que o dialogo tinha sido bom, mas de suas experiências anteriores teria efeitos positivos, o máximo oito dias, depois as coisas esfriavam e desaparecia tudo, sem que Pedrito soubesse porquê. Neste encontro, as coisas ainda não tinham dado sinais de fragilidade, mas Pedrito receava que isso acontecesse.
Já amaste alguém, perguntou-lhe Pedrito.
A senhora respondeu e dessa resposta, seguiu-se um dialogo interessantíssimo e tocaram-se em pontos, tabus há muito pouco tempo.
A que horas é o comboio de regresso? Não podes ficar? perguntou ela.
Sim, ficava, disse Pedrito. .Mas onde? perguntou.
Ela sorriu. E disse. É melhor que vás hoje.
Mais conversa e boa disposição e, quando já estava na estação dos caminhos de ferro, Pedrito ligou para ela e disse.
O comboio está na linha. Gostava de ficar. O que é que dizes, perguntou Pedrito.
Foram segundos ligeiramente angustiantes que deram ainda para dizer sim, não, sim, não… fica, que eu já passo aí, disse ela.
E assim foi.
Nesse resto de tarde andaram por todo o lado, tendo ela convidado, inclusivamente, Pedrito a ir sua casa. E Pedrito foi e até se sentou no sofá da sala. E ela também se sentou no sofá ao lado.
Pedrito disse, chega-te mais para cá, estás muito longe.
Ela sorriu e disse, está bem assim, deixa estar.
E ele, vamos descansar um pouco?
E ela, fazendo cara de caso, Pedriiiiiiiiiito.
E ele, ok.
Saíram para jantar e Pedrito conduziu a conversa para a literatura
Sabia que eu escrevo? Perguntou ele.
Sim, vi no seu cv lá no clube, disse ela. E perguntou-lhe, como se chega a escritor?
Boa pergunta, com é que se chega, perguntou vc e muito bem. Por que escritores nem todos são, apesar de se insinuarem. Um escritor vai sendo E só o tempo vai dizer se tem talento. Se o escritor não for esquecido e tem mercado, esse indicador é favorável e quem tiver estes atributos, poderá ter direito a ser considerado escritor. Sommerset Maugham foi um dos poucos que eu saiba, que disse, este é o meu primeiro livro e eu considero-me escritor.
E foi um grande romancista, confirmou ela.
Um escritor precisa de se preparar, escrevendo. É como o atleta que vai aos Jogos Olímpicos, tem de se reparar, treinando, disse Pedrito. E mais, se se sentir a necessidade de escrever, mais positivo se torna para quem disso beneficia na sua afirmação como escritor, disse ainda.
E deve começar por onde? indagou ela.
António Lobo Antunes, escritor português consagrado, disse no Brasil, que os iniciados na escrita deviam ver jogar à bola, apenas durante dez minutos, o Mané Garrincha, porque, o futebol que Garrrincha jogava, vinha da alma. E um candidato a escritor tem de perceber essa expressão, vem da alma, disse Pedrito.
Estou verdadeiramente encantada contigo, disse ela.
Vais comigo até ao Hotel? Descansamos lá um pouco, disse Pedrito.
Não, vamos ao supermercado, disse ela e sorriu.
Estavam bem dispostos, ambos, mas no seu interior, Pedrito, não se sentindo derrotado também não se sentia um vencedor, digamos, que a garrafa de whisky estava meio vazia. E disse.
A tua opinião sobre o amor, perguntou.
O amor, é um resultado biológico natural que nos surge e que nos pode proporcionar um bem estar desejável, disse ela.
O que surge primeiro, o amor ou sexo? Perguntou ele.
O sexo sem amor é uma coisa feia. O amor é um sentimento belo; o sexo, sem amor, é deplorável. Primeiro sentimos a necessidade de aproximar os corpos e sentir que o outro tem algo para nos dar. O amor é dar e receber. Com força. A força aqui é a intensidade recebida dos afectos. O parceiro terá de ser terno e meigo..Cinco minutos abraçados no silêncio das tardes, pode ser maravilhoso, fantástico mesmo, fascinante até. Daqui resultará prática sexual ou não. Poderá não haver, disse ela.
É importante que haja, disse Pedrito.
Depende, o importante é o amor, disse ela.
Amaste e foste amada, perguntou Pedrito.
Nem tanto, disse ela. E tu?
Não amei nem fui amado, disse Pedrito, porque não descortinei a fronteira entre o sexo e o amor. Há muitos homens que não sabem isso, disse Pedrito.
Acredito, disse ela.
A tarde estava serena e na atmosfera sentia-se uma certa melodia e encanto. Estavam à porta do Hotel e Pedrito arriscou.
Vamos fazer amor?
E ela, fixando-o com o seu olhar no olhar dele, depois de alguns segundos de espera, pegando-lhe na mão, disse-lhe.
DIGO-TE AMANHÃ

JBS

domingo, 17 de abril de 2011

MARIA JOSÉ FRAQUEZA

Prezado Amigo Costeleta Brito Sousa Como sei que é apreciador da minha poesia estou enviando a copia de um prémio obtido na Itália cuja sessão de entrega de prémios será levada a efeito no dia 8 de Maio (dia do meu aniversário) a qual não vou estar presente porque nesse dia estarei no Porto, no Clube Literário onde me prestam uma homenagem e vai ser lançado o meu livro de teatro - TEATRO POPULAR DA MINHA TERRA - uma obra que insere entre várias peças de teatro e autos, algumas delas que foram representadas em público em escolas por onde leccionei e por todo o Algarve em espectáculos promovidos pelo Inatel e outros organismos. Actualmente estou a ensaiar a peça "AS LAVADEIRAS" que vai ser de novo levada a publico no dia 23 de Abril pelas 21,30 no Cinema Topázio da Fuseta. Será que o amigo está no Porto? Poderá ir à apresentação do meu livro? Entretanto vou enviar os convites que estão a ser feitos pelo Clube Literário do Porto. Com um abraço Maria José Fraqueza 1º Prémio Absoluto - atribuído pela Accademia Internazionale “Il Convívio” Castiglione di Sicília – Itália – Abril 2011 A PAZ QUE SINTO EM MIM Eu trago a Paz dentro da alma Quando sinto o bater do coração Quando escrevo o poema que me acalma Quando posso controlar minha emoção! Eu sinto em mim o grito da revolta Quando vejo este mundo tão vazio Eu queria ver Paz à minha volta Sentir o Sol dourado no estio! Sinto Paz quando rezo uma oração Quando entrego minha alma ao Criador Quando me dou de alma e coração Aqueles a quem consagro o meu Amor! Sinto Paz quando meu amor me beija Quando contemplo o Sol dum novo dia Quero sentir minha alma benfazeja Sinto Paz quando escrevo uma Poesia! A Paz que sinto em mim é de ternura Na eterna magia dum sorrir... Dessa Paz que em vão, ando à procura Que o nosso Mundo tenta destruir! Recolha de JBS

sexta-feira, 1 de abril de 2011

O FUTEBOL E O HOMEM

(Equipa de futebol do Louletano)
MEU CARO LEONEL ABREU,


Viva.

Chegou-me aos ouvidos que o senhor não gostou deste meu trabalho, porque na sua opinião o tratei mal. Como assim ? Gostava de saber.


Ob.

Ab.

JBS


EU GOSTO DE OLHÃO

Por João Brito Sousa


AO PROFESSOR LEONEL ABREU.


Não tenho o prazer de o conhecer, mas sei que pertence a uma família de futebolistas, visto saber que um irmão seu jogou naquela equipa da Académica dos anos 50, na linha média, com o Malícia. Sendo assim, o que me traz até si, tem a ver com futebol, e também com as crónicas que o senhor escreve para o jornal, onde fala de futebol em geral e de si em particular, na qualidade de praticante da modalidade, levando-me a concluir, por esta via, que conhecimentos de futebol o senhor tem e é, inclusivamente, professor, sendo por este lado que gostava de lhe colocar a questão que tenho em mente, quero dizer, gostava que o Prof. Leonel nos desse uma aula de futebol, naquilo que ele tem de mais positivo, ou seja, o contributo do futebol para a formação do homem, que é sempre a minha principal preocupação.


A minha questão é esta? Será que o futebol, com as suas, exigências próprias, poderá contribuir para fazer do atleta um ser humano melhor, inclusivamente, tornando-o uma referência para a juventude. Coloco-lhe estas questões, por um lado por saber haver uma certa faixa etária que não gosta de futebol, outra que o trata mal e serve-se dele e, pelo meu lado, pensar que futebol já não é só jogar à bola, mas sim jogar a bola, com arte e engenho, exigindo este aspecto muito treino e empenho. Uma vez aqui chegados, estamos perante o homem que enverga o fato da alta competição que é, simultaneamente o atleta. Isto para dizer que um jogador de futebol, tem, em minha opinião, a obrigação de saber sê-lo, quer como atleta quer como homem, o que quer dizer que a postura do atleta em campo, desde a entrada no estádio até à saída, tem de ser de respeito por si, pela profissão, pelo adversário, pela competição e quando o atleta chega a esta posição estamos perante o grande jogador. Será assim?


Não sei se será pertinente a questão que coloco, pedindo inclusivamente um comentário ou uma opinião de um especialista como o senhor, mas, entendo que é nossa obrigação, cada um na sua especialidade, dar um pequeno contributo para que o mundo seja melhor, neste caso, começando por melhorar o futebol, que ficou sujo com aquela cabeçada do Zidane ao italiano, com as cenas tristes do Ribery, com a mão de Deus de Maradona, com as arbitragens negativas no último campeonato do Mundo, cujo campeão foi beneficiado com um golo irregular e outras coisas mais.


Escrevi esta crónica, pelos motivos que disse acima e também por pensar que precisamos cada vez mais uns dos outros, porque ninguém sabe tudo. Considero, sobretudo nestes assuntos da área do comportamento humano, que todos devemos participar nela, emitindo a sua opinião, sobre determinado assunto. E porque escritor é aquele que faz com que o Homem seja melhor, como disse Vergílio Ferreira, também o jornalista ou cronista do jornal poderá contribuir para essa melhoria. Concorda?


Deixo-lhe um abraço.


jbritosousa@sapo.pt