FOTO DO ALMOÇO ANUAL

FOTO DO ALMOÇO ANUAL
A VELHA MALTA

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

OS INTOCÁVEIS

(prof. Diamantino Piloto)


OPINIÃO

OS INTOCÁVEIS
Por João Brito Sousa

INTOCÁVEIS, foram os nossos PROFESSORES, aqueles que de algum modo nos ajudaram a formar o nosso carácter, que nos ensinaram as primeiras letras, que nos deram os melhores conselhos, que nos castigaram, bem ou mal, mesmo os que, inclusivamente, terão sido menos competentes e menos capazes.


Tive talvez aí uma centena de professores, mas, professores a sério, daqueles que deixaram a sua marca de grandes mestres, efectivamente, não tive muitos. Falar dos que tive e citar os nomes pode criar uma situação de injustiça. por citar uns e não outros.


Falemos então, como forma de homenagear esses bravos, dos que foram bons professores mas que não tiveram nada a ver comigo porque não me ensinaram nada directamente. Soube do seu valor por ouvir dizer. Mas fiz questão de confirmar o que ouvira.


Comecemos por trazer para este palco, arbitrariamente, o Engº Diamantino Piloto, que na opinião do Manuel Poeira e do José Elias Moreno, as minhas fontes, foi um pedagogo de excepcional craveira, que, alem de professor na nossa escola, foi escritor de mérito e músico de excepção, tendo-se dedicado com grande empenho e mestria à guitarra clássica.


Outros grandes professores que quero citar aqui, nas opiniões do Renato de Olhão, Bernardo Estanco dos Santos, Diogo Costa Sousa, Bartolomeu Neves Caetano foram o senhor Mestre Olívio Adrião e o senhor Mestre Mendonça, duas grandes personalidades na área do ensino e que elevaram altamente essa categoria profissional.


Ser professor nunca foi fácil. Durante séculos exigiu-se que o professor fosse um modelo de virtudes, e mais recentemente que desempenhasse as funções de um técnico, capaz de mudar os comportamentos e atitudes de todo o tipo de alunos. Já que se trata de uma profissão que exige um saber especializado, aliado a práticas específicas que o profissional necessita de dominar, adquiridas através de uma formação profissional estruturada. O profissional afirma-se perante outros, a quem se dirige, exercendo a sua actividade por motivos altruísticos, não se pautando por interesses particulares obedecendo a um código deontológico que determina e regula o conjunto de deveres, obrigações, práticas e responsabilidades que surgem no exercício da profissão.


Sem prejuízo de outros, o meu grande mestre, que peço licença para citar e que respeitou os quesitos atrás descritos foi o Dr. JORGE MONTEIRO, director da Escola em 61 e seguintes..


E foi um grande amigo como são os grandes professores.


Aguardo opiniões... ou comentários.

jbritosousa@sapo.pt

A EQUIPA DE FUTEBOL DO OLHANENSE EM 1943


EQUIPA DE FUTEBOL DO OLHANENSE

A cidade de Faro sempre gostou de futebol e nasceram em Faro e jogaram e no Farense grandes talentos. Alguns houve até que jogaram no Olhanense era um rival muito a sério. Como filhos de Faro e que foram grandes atletas, cito, por exemplo, Rosa Nunes, que jogou baskett, xadrez, futebol e se calhar outros desportos, jogando tudo bem e ainda foi árbitro. Outros nomes de grandes desportistas foram João Coelho no futebol e Ildefonso Rodrigues no ciclismo. De jogadores mais recentes e de craveira nascidos em Faro, temos o Atraca que jogou no FCPorto e o André que jogou na Académica, no Belenenses e foi treinador do Olhanense, onde jogou o Júlio, outro grande jogador de Faro e do Farense.

Os jogadores desta equipa do SCOlhanense que aí vai, foram dos maiores e melhores praticantes de futebol que houve no País. A defesa com Rodrigues Grazina e Loulé dava show, a linha média com João dos Santos e Cale tinha talento e a linha atacante com Moreira, Joaquim Paulo, Cabrita, Baptista e Palmeiro era do melhor que havia em Portugal.

JBS

sábado, 26 de fevereiro de 2011

DA FOTO

1 ª FILA À ESQUERDA

Moreno, Aleluia e

ZÉ PAIXÃO


Um bom amigo
de bom coração
e alma farense

a sua presença
nos bailes

era notada

Santa Bárbara
Gorjões
Tor
Parragil
Baile de Carnaval da Comissão
Loulé

Criador do team RASGA A MANTA

O Zé Paixão tem lugar
numa galeria
dos melhors homens do mundo

Um talento

Homem sóbrio, educado
e charmoso
como o Ludgero Farinha

É uma saudade costeleta.


Aí vai um abraço do

JBS

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

LITERATURA

VIVER SEM TI



Viver sem ti, é não ser, é não estar
Não é viver se não te puder mexer,
Olhar-te, sentir-te, tocar-te e amar
Tudo isso está dentro do meu querer


Meu País, minha vaidade e paixão
Fui-me embora e senti que vibrava
E por ti estremecia o meu coração
Tive sempre a certeza que te amava


É verdade, também te amo e quero
E ninguém há com amor mais sincero
Por ti, meu País enamorado querido


Para onde tu fores eu vou e lá ficarei
Enamorada e apaixonada como eu sei
Tanto, que sonhei contigo já ter dormido.


João

O BENFICA PASSOU

BENFICA


Com um futebol lento
passou

JBS

AO AMIGO DIOGO

UM POEMA

VIVER AÍ


Viver aí com o coração aqui
É o lema de quem está fora
Tu e o LA prefiro-te a ti
Não gostavas e gostas agora


Laranjais da serra como estão
Vi tudo claro na minha frente
Não havia mal, tudo era são
Brincar não é com a gente

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

A ESCOLA

A ESCOLA
Por João Brito Sousa

A primeira escola que frequentei
foi a da D. Teresinha, da D. Alda
e da mãe da Ilda
Que não me lembro o nome

Na Senhora da Saúde

Ia com o meu primo Zé Louro

Uma vez não fomos

Depois foi a escola primária
em Mar e Guerra

quatro anos com o Zé Gabadinho
a Maria de Jesus, a Piedade e a Agostinha

Depois a Escla Comercial e Industrial de Faro

Ab.

JBS

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

PARABENS


(Em 1953 quando entrei para a Escola, gentileza do João dos Santos)





De vez quando passo por lá

e reparo que está vivo

bom sinal, há convívio


e particpação.


Há poesia, política, crónicas

e estorinhas


boa condução do espaço


Viva a malta


JBS

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

RECORDAÇÕES


(Rua da Escola: a Ti Glorinha é em frente)
FELIZARDO & GLORINHA

Era o estabelecimento comercial que ficava situado perto da Escola Comercial, onde alguns alunos iam comprar o almoço, constituído por sandes de cavala, atum e outros.

A senhas na cantina para o almoço eram compradas de véspera e por vezes os cinco escudos da senha ia para outras coisas, matraquilhos, bilhar e outras de tal maneira que o recurso às sandes era inevitável. Alem das sandes compravam-se também cigarros, três cigarros cinco tostões, outros já bebam o seu copo e lá íamos vivendo.

Não há ninguém ou quase ninguém do meu tempo que não se lembre do Ti Felizardo e da Ti Glorinha. Eram da nossa família, pertenciam-nos, compreendiam a nossa forma de estar, as nossas intenções, as nossas preocupações, as nossas más notas, as nossas companhias e davam-nos conselhos, principalmente a D. Glorinha, coração mais sensível, mãe também, que muitas vezes nos acarinhava em momentos mais ou menos difíceis.

Deixaram-nos saudades.

A Escola naquele tempo, recebia alunos de todos os lados, desde Messines a Vila Real de Santo António e quase todos iam até ao estabelecimento comercial Felizardo & Glorinha a qualquer hora do dia. Quem vinha do lado de Messines, chegava a Faro às seis horas da manhã e as aulas começavam às oito e quarenta e cinco, sobrava tempo para a brincadeira e para gastar o dinheiro da senha que se deveria comprar hoje para consumir amanhã.

Vida dura,,a de estudante, daqueles tempos.

João Brito Sousa

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

DA FOTO

PRIMEIRA FILA PRIMEIRO À DIREITA

José Elias do Carmo Moreno


Comprou o Diário Popular
num dia
e no outro
já estava a trabalhar
na Siderurgia

É um homem de princípios
ético e competente
que conta até dez
antes de qualquer decisão

Amigo do seu amigo

Andou no mar
Marinha Mercante
o escrivão era o Marques
sportinguista do Feijó
natural de Faro
que conhecia o INÁCIO RAMOS

O Zé
bom aluno, estudioso, mestre de oficinas
em Almada
onde tem a primeira casa
mas tem mais

E hortas...
sabe tudo de amendoeiras
e alfarrobeiras
tudo,
mas um tudo que é tudo

Desenha bem
sempre desenhou
o Opel Rekord
e o Ford Taunus

O que é feito de ti ó José
Quando vais ao chat
no facebook

Conhece oito milhões de pessoas
e é patriota
e grande admirador do Diogo Tarreta
diz ele
é pá, o Diogo sabe disto
tem um raciocinio lógico

Bernardo Estanco dos Santos
um gande amigo e colega

Deixo-te um abraço

JOÃO

domingo, 13 de fevereiro de 2011

VIVA AS MULHERES (esboço de romance)


ZEZA, a filha

Dorinhas de Jesus Martins tinha 19 anos quando apareceu ali pelo sítio das hortas o que naquela altura era costume, as pessoas desciam da serra até à planície em procura de trabalho e Dorinhas arranjou-o com cama e mesa, trabalhos domésticos e trabalho de campo. Nada lhe metia medo. Era uma moça roliça e apetitosa de tal modo que o Mateus da venda, quando a via passar, metia-se com ela, dizendo-lhe, adeus ó Dorinhas, como vai isso hoje? E Dorinhas acenava-lhe com a mão e sorria.

A vida de Dorinhas não foi fácil ou melhor, tornou-se difícil quando Maria José nasceu. Dorinhas foi mãe solteira e isso foi muito comentado na aldeia. Dorinhas aguentou-se quanto pôde mas um dia explodiu, quando um de fora da terra, mas que frequentava a venda do Mateus, estando já com a bebida avançada, de copo na mão, lá para as 18 horas, numa altura que Dorinhas regressava a casa, o “estrangeiro” lhe atirou.

- Não tens vergonha do que andas a fazer?

Dorinhas chegou-se perto do atiradiço e perguntou-lhe:

- Qual é o problema ó meu amigo’ O que é que o cavalheiro tem a ver com a minha vida ? O que é que o incomoda? O cavalheiro tem mãe ? Peço-lhe que não se meta comigo, percebeu ?
Foi mais ou menos neste ambiente de dúvidas, digamos assim, que Zeza viveu. Dorinhas tinha personalidade, mas, por vezes via-se na necessidade de dobrar a espinha, porquanto não tinha recursos para erguer a sua voz, perante situações difíceis que lhe surgiam. Os leitores dirão que isso não é assim. Que pessoa que se preze, tem, seja quais forem as circunstâncias, a cabeça levantada sempre, não vacila. Mas a vida de Dorinhas não foi fácil; trabalhou sempre, lutou sempre, quis sempre defender a dignidade das mulheres, mas teve que ceder algumas vezes. E sofreu.

Zeza quando presenciava estas coisas desagradáveis, não dizia nada, mas dentro de si sentia subir uma raiva que às vezes era difícil controlar. Foi neste ambiente que Zeza viveu até aos catorze anos, quando pegou nas trouxas e seguiu com o Reinaldo Passos para França.

Estamos nos anos setenta do século passado. As pessoas sem formação académica suficiente tinham dificuldades em arranjar trabalho e então emigravam. Foi o que fez Zeza, que, aos quinze anos abalou, quando era uma mulher já, espevitada quanto baste, ninguém lhe fazia o ninho atrás da orelha. Sabia ler e escrever bem e o Reinaldo mandava-lhe versos de amor. Às vezes encontravam-se às escondidas e lá iam uns beijos e outras coisas mais. Uma noite voltou para casa já tarde e a mãe ralhou-lhe e disse.

- Zeza, onde estiveste até agora?

- Estive à fala com o Reinaldo, mãe.

- Filha, tem cuidado com esses rapazes, repara no que me acontece a mim, exploram as minhas fraquezas, e eu não quero mas tenho de ceder porque a vida não me sorriu nunca. Mas eu hei-de sorrir para ela. Tu não percebes nada da vida, tens de aprender Zeza. È muito difícil, mas vais ter que aprender, porque se não aprenderes vais sofrer muito.

Zeza ouvia os recados da mãe com atenção mas com muita raiva simultaneamente. Era uma mulher, podemos dizer isso, já conhecedora e, no seu interior, assumia que as coisas com ela haviam de mudar. Haveria de comprar livros, haveria de estudar, saber como tinha sido a vida das mulheres desde tempos mais remotos, haveria de se documentar e alertara as companheiras no local de trabalho, em suma, onde isso fosse possível.

-Mãe, não te preocupes comigo Mãe, disse Zeza.E deu um beijo na Mãe e foi-se deitar.


JBS

sábado, 12 de fevereiro de 2011

VIVA AS MULHERES (esboço de romance)


VIVA AS MULHERES,


(VIVA AS MULHERES, é uma homenagem ás mulheres que tiveram a coragem de se assunir como mães solteiras. Zeza, a personagem principal, é a filha dessa mãe solteira e vai contar o que lhe vai na alma.)

Sou a filha da Dorinhas e o meu nome é Maria José Martins Costa. Nasci aqui nesta terra, que é a terá onde estamos reunidos, às seis horas e trinta minutos da manhã de um dia de Agosto. Hoje é o dia do meu aniversário. Tenho já sessenta anos, fi-los de manhã. Vim de propósito comemorar esta data aqui convosco, porque a terra tinha saudades de mim. Foi o que me disseram, pelo menos. Alguém que está aqui na sala, com quem trocava regularmente comunicação, por carta, escreveu-me dizendo: Zeza, vem, vou preparar uma festa à tua chegada. Esse alguém é o José Costa, o meu irmão mais novo. Gostava que de pé todos lhe dirigíssemos uma salva de palmas. E o salão vibrou ao bater palmas para o Zé Costa, que não se conteve e saltou para o palco e abraçou a irmã. As palmas continuavam enquanto Zé Costa e a irmã se abraçavam. Cinco minutos durou a batida de palmas acompanhada de vibrantes chamamentos Zeza, Zeza, Zeza.. Zé Costa agradeceu aos conterrâneos os aplausos e pediu licença à irmã para se dirigir à plateia.


E disse:

- Há quarenta e oito anos, que é a idade que eu tenho, que não sabia nada da minha irmã. Porque eu nasci no ano em que a Zeza emigrou. Conheci-a há oito dias.. Não nos conhecíamos, portanto podem perceber a enorme alegria que estou a sentir.
As palmas ecoaram na sala e Zé Costa retirou-se do palco, deixando o espaço disponível para a irmã. Que disse:

- Agradeço a todos o carinho demonstrado, muito e muito obrigado. Saí da terra aos doze anos e voltei aos sessenta. Tenho muito para vos contar. A minha vida dá um belo romance e vou escrevê-lo e terá o meu nome, Zeza, que é como me chamavam, não sei porquê, nem donde veio. Fui Zeza à nascença, fui Zeza na escola e quando emigrei fui sempre a Madame Costa. Antes de ouvirem alguém dizer, digo-vos eu: vendi o meu corpo, passei momentos difíceis, tive grandes momentos e tive outros de sofrimento. Na vida sofre-se, sabiam. Mas uma coisa vos quero dizer: estou aqui de corpo inteiro e não se preocupem que honrei sempre o nome da nossa terra. A não ser assim não estava aqui, porque, por muito miserável que seja a pessoa, deverá sempre sentir a cara lavada. E eu sinto. Não tenho problemas com a vida nem comigo. Tenho saúde e tenho a minha independência financeira. E tenho um filho que um dia virá.

Foi nesta altura que a Drª Custódia Pinto, que desempenhava um cargo de secretariado na Câmara Municipal da cidade e que era bem conhecida na aldeia, subiu ao palco para se juntar a Zeza. E disse:

- Sei que a senhora foi uma grande defensora das mulheres, que esteve sempre ao lado delas e, quero que saiba que eu estou a seu lado, porque, se cometeu erros assumiu-os de cabeça erguida, como uma mulher que se preza deve fazer e eu, tal como a senhora, vou continuar com a luta que agora deixou, apesar dos tempos hoje serem outros, mas é sempre altura de mostrarmos que somos dignas do respeito e consideração de todos. Viva as mulheres.

- Afinal a aldeia transformou-se, disse Zeza, há mais consciência colectiva coisa que no tempo em que vivi aqui, não havia. Estou feliz por voltar, acreditem. E a nossa terra será cada vez mais uma terra justa, porque pelo menos dois habitantes daqui, lutaram nos momentos difíceis para que houvesse menos miséria, para que o sol nascesse para todos, para que todos pudéssemos ser livres e fossemos solidários. E hoje, aqui, nesta sala, vi que havia fraternidade, que somos humanos, que estamos neste mundo para sofrer sim mas também para levantarmos a nossa voz, quando isso se justificar. A minha vida foi de luta e continuará a ser. Por isso, estou satisfeita por ter voltado e por estar entre os meus conterrâneos. E não esqueçam nunca a nossa terra como eu não esqueci nunca.

Aplausos e mais aplausos e a sessão do encontro terminou ás tantas da madrugada. Zeza deu o “viva as mulheres” final. E o Zé Costa emocionado recebia os abraços das pessoas presentes.


João Brito Sousa

SOU EU

SOU EU

e mais ninguém
que te quer

ó minha escola

nada mais sincero

só para mim
ó recordações

da minha vida

JBS

VOLTEMOS À FOTO

AO LADO DO FERNANDO CABRITA, MEIO ENCBERTO, EU

João Mnauel de Brito de Sousa,


Reformado do ensino
que eu sempre gostei de fazer
desde menino, de seis / sete anos
já pensava nisso.

Foi isso que quis ser foi isso que fui
durante muitos anos
ensinei e aprendi

e agora que nada faço ou pouco

concluí

que não sei nada
ninguém sabe nada
anda tudo à porrada

essa gente desconfiada

que arrasa tudo.
e eu por aqui me fico
à espera que venha o sol
da manhã

e que me diga

já cá estou

com tanta pressa de aparecer
e tão pouca para se esconder

como os homens

diz Saramago
em Levantados do Chão

e com razão.

Ab.
João

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

PARA A COSTELETA MARÍLIA ANDRADE

CARA COLEGA


Eu,
saí da Escola em 61
ainda tu por lá andavas
certamente

Por isso
Diz quem é do teu tempo
colegas e professores.

Depois falamos.

Obrigado por teres aparecido.

João Brito Sousa

PS - Talvez sejas do tempo da minha irmã Quitéria Silva a residir na América. Sim ?

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

MOMENTO DE POESIA

ACABOU ...

O ROSTO DA ESCOLA

Desapareceu...
Dizem que é o progresso
Deitar tudo abaixo
Tudo... tudo

Mas as recordações ficaram

Essas ninguém as tira
Ficam connosco
Morrerão connosco
E vão para a cova connosco

E a partir daí já não sei
Qual é o caminho

Também não interessa

O Ti Felizardo e a Ti Glorinha
Já foram
E o Luís Cunha, que tinha a minha
doença também foi

E eu espero ir também

Mas mudando de assunto
Ou voltando
O Luís Cunha que não me conhecia
ou não se lembrava de mim
era uma amigo
que tinha por mim grande consideração.
Era como se fosse um irmão

Como é hoje o Zé Pinto

Gosto de falar com o Zé
Que nas aulas falava francês
e inglês

Simultaneamente.

A Escola sempre no meu horizonte
Sempre e sempre

João Brito Sousa

NA FOTO

1º FILA de CASACO BRANCO E BIGODE

Fernando Cabrita


Foi bancário em Almada
no antigo BPA
No tempo do João Viegas Jacinto
E casou com a professora

Agora moram na Alfandanga
Onde se fazem os encontros de charolas

Há muito trmpo que não o vejo
dizia-me ele que gostava do local
onde mora
porque lá
levantava-se ás sete da manhã
e ia regar as plantas

e aquilo dava-lhe um certo gozo

a rega ...

O Fernando foi um bom amigo
e espero que ainda seja

Ab.
JBS

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

RECORDAÇÕES DE FARO

retirado de http://oscosteletas.blogspot.com

Dizia assim o saudoso João Veríssimo:“

Ai meu Deus que estou chalado!
Não me toquem! Estou danado!
Sinto vertigens na tola!
Não ganhamos por um triz…
Eu venho do S. Luís,
Fui ver o jogo da bola!
Só espanhóis havia três,
Cada um por sua vez,
A mostrar mais ligeireza…
O Zé Maria ladino,
O famoso Celestino
E o potente Vinueza!
O Lãzinha passa ao lado,
Joga a bola pró Queimado
Que a endossa pró Rendeiro…
E eu com o meu amigo Gago
Por um pouco não me … deixo
Lá ficar o dia inteiro!
-Bola ao centro! Grita o Passos…
Há correrias, abraços,
Por isso ninguém se ensaia.
Os outros cheios de pasmo
E é tanto o entusiasmo
Que o Rodolfo até desmaia!
Há agora uma rasteira,
Surge bronca…--Que sujeira!
Grita de longe o Lacerda …
E o público indignado,
Começa a bramar irado:
--Ò seu árbitro vá …à fava!
Sofre o Manso e o Baptista
Que não é curto de vista
Segue entusiasmado a luta…
O árbitro não apitou,
Já dois cantos perdoou…
Que grande filho da mãe!
Terminou o desafio!
Eu estou a suar de frio
E embora mal pareça,
Não consigo descansar
Porque não posso tirar
Os dois cantos da cabeça!””

Do Jaime Reis

muito bonito ó Jaime.

recolha de
JBS

domingo, 6 de fevereiro de 2011

CURIOSAMENTE

ACHO DESCABIDO,
COSTELETAS QUE FORAM PROFESSORES,
Recordarem aspectos negativos desse desempenho do que é ser professor. È verdade que eu tenho falado aqui do Dr. Zé Uva, do lado pitoresco da sua maneira de dar aulas, mas penso eu, que sempre dentro dos limites.
Ser professor ou ter-se sido professor deve merecer de todos nós o nosso respeito. Mesmo aquele que nos tratou pior.
Como professor que fui, mantenho-me solidário com a D. Fernanda e não considero oportuno o comentário da Isabel Coelho no blogue "oscosteletas".

È o meu ponto de vista.

JBS

NÃO É BONITO

NEM QUERIA ACREDITAR QUE O TEXTO É DO NORBERTO

"O CAMIÃO GIGANTE"

O texto do Norberto Cunha, publicado no blogue “os costeletas”, com o título “O CAMIÃO GIGANTE” desconsidera um professor, acerca do qual nunca soube o nome nem que disciplina leccionava. Não é justo.
Diz NC: “ Nunca vim a saber o nome dela nem que disciplina leccionava e só uma vez me foi dado observá-la.”.
Sempre houve professores bons e maus, e esta senhora não era boa professora porque nós éramos piores.
Além do mais o texto parece-me conter inverdades, o que piora a situação. Vejamos o que diz NC ; “E não resisti a inquirir quem era a professora e o que levava os folgazões a tanto atrevimento e alguns dos demais a tão divertida cumplicidade. “Eh pá…, não sabes quem é a gaja? — É o Camião Gigante, pá.”, respondeu-me de pronto um dos autores da brincadeira, como se a alcunha me dissesse tudo. Achei-lhe graça, mas nem assim a minha expressão de estranheza se alterou e ele apressou-se a adiantar “ É uma chata, pá… Nunca falta nem chega atrasada! Até é boa a explicar a matéria, mas não bate a bola muito bem …”. Inesperada, surpreendente e duvidosa justificação. Por tão pouco, ou mais que fosse e que eu soubesse
Ora a senhora D. Fernanda, citada por NC como CG, era professora de desenho, pelo menos foi minha professora nessa matéria e explicava o que nós deixávamos explicar.
E continua NC, “A minha incredulidade suscitava outras perguntas, mas o primeiro dos brincalhões já retomava a iniciativa: “Então e aquela grande barraca que ela deu com as meias?”, lembrou, logo corroborado pelo segundo: “É verdade, pá! A gaja, assim que acabou de distribuir o ponto pôs um alguidarzinho com água em cima da secretária, descalçou as meias de vidro e esteve todo o tempo de volta delas a ensaboar, esfregar, enxaguar, sem se ralar com a malta”.

Nunca vi nada disto e tenho muitas dúvidas que tal acontecesse.

Igualmente discordo do comentário seguinte: Meu caro amigo Norberto Cunha. Mais uma bela prosa de recordações daquele tempo.Rogério Coelho.
Não estou de acordo.
JBS

sábado, 5 de fevereiro de 2011

OUTRA VEZ Dr. ZÉ UVA

ORA DIGA LÁ,
Por João Brito Sousa

HÁ ALGUM VOLUNTÁRIO

PARA HOJE.

Às vezes o Zé Vitorino ia,
ou o Romualdo Cavaco
que era um excelente aluno
da Cortelha

Então, venha cá o Romualdo

e diga-me
o conceito de firma
firma senor Doutor,
c´est la raison social d´une
entreprise.

Mas isto aqui é Paris,
parece que não é pois não
Firma, é que eu queor que diga
o que é... percebeu

Neste enretempo
um papel voa
e o prof. diz
o que é que se passa aí'
você, o de casac de cabedal
de coiro
ó seu coirão
vá lá para a rua

e quando o aluno ia a passar

passe lá de largo
posso eu ainda lhe dar dois bifes,
ouviu ...

com todo o respeito e saudade.

JBS

RECORDAÇÕES

JOAQUIM BASÍLIO DO CARMO NORTE
(1ª fila, o 4º a contar da esquerda)
Por João Brito Sousa

UM GRANDE AMIGO

O Basílio ou o Norte
como a gente lhe chamava
era gente bem
nobre porte
bom aluno, dos que passam
sempre
com sabedoria

mas um dia

telefonei-lhe, aló Joaquim
ainda me disse que sim
e até breve
até breve, perguntei, porquê
ora já se vê

O Joaquim estava doente

com a tal doença

mas direi sempre aló Joaquim

era colega de turma do Lourinho,
do Zé Gago, Rabeca, Gil Vieira
Manel Zé Coelho, do Amarante
e de tantos outros...

Como vai isso pr aí Joaquim ?

Um ab. do
JBS

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Dr. JORGE MONTEIRO

O DIRECTOR DA ESCOLA

e amigo tambem
o dr monteiro tinha uma sapiência
invulgar
e uma competência
salutar
e uma paciência de encantar.

Tive boas notas com ele
que dava matemática e física
e sabia daquilo a potes
tinha esses dotes
de saber explicar
de saber ensinar
de acompanhar
de aconselhar

era um Mestre

e um amigo
de toda a gente
e ficava contente
quando via
que agente percebia
da matéria
que ele ensinava
com tanto gosto

até aposto.

Onde estás ó Mestre.

Aí vai um abraço do

JBS

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

NA ÚLTIMA FILA Á ESQUEDA

RECORDANDO

Zé da Horta

É moce de Olhão
muito popular e conhecido
andava á minha frente
Fez o Curso de Serralheiros
o pai tinha uma oficina
e o Zé fo trabalhar para lá.

Bom amigo.

JBS

HOJE, AMANHÃ E DEPOIS

RECORDAÇÕES DA ESCOLA

1º ano

Cheguei a sete de Outubro de 1952
e depois
demorarme-ia por lá
até 1961

O primeiro ano foi difícil
Não perceba nada daquilo
Tudo era complicado
A cidade
Os colegas
Os professores

O Zé Júlio
Coma boína preta na cabeça
eu e ele
sentamo-nos na primeira carteira
ao pé da porta

e lá ficámos

e depois vieram os outros todos
encheram a sala
quatro filas de moços
á cabeça o Bartílio e o Luís Guimarães
Lisboeta
que tinha visto jogar o Matateu

Matateu, o que é isso ?

Recordações que nunca mais acabam

Que saudade.

JBS