FOTO DO ALMOÇO ANUAL

FOTO DO ALMOÇO ANUAL
A VELHA MALTA

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

REFLEXÃO FILOSÓFICA

(miguel torga)


REFLEXÃO FILOSÓFICA, com Miguel Torga

O silêncio dos melhores é cúmplice do alarido dos piores, foi Miguel Torga quem disse. Há aqui, de facto, uma verdade incontestável e falta do assumir de responsabilidades por parte dos melhores. Diogo Freitas do Amaral disse em tempos atrás que nos destinos do País deveriam estar os melhores, para que o País se tornasse mais moderno e mais eficiente. O que se tem visto é que entre nós os melhores se medem pelas chorudas remuneração que auferem enquanto o país fica na mesma. Clamo mais uma vez pela honra, onde estais?

De Torga, ainda: - Uma revolução acontece como acontece um poema. Quer uma revolução quer um poema traduzem uma mensagem de esperança. Para um poeta quando um poema surge trás consigo uma boa dose de esperança, sim, mas sobretudo, proporciona-nos um de felicidade. Ser feliz... é a meta a alcançar.... Ou deveria ser.. para todos..

Sabemos que tanto no particular como no geral, raramente o alcançado corresponde ao desejado. É uma lei da vida. É Torga quem o diz. Efectivamente corresponde à verdade essa mensagem de Torga. Um tio meu costumava dizer que o que a gente pensa num minuto pode levar muitos anos a concretizar... É verdade que assim nunca mais chegamos ao desejado.... ou teremos muitas dificuldades disso...

MIGUEL TORGA A obra de Torga tem um carácter humanista: criado nas serras transmontanas, entre os trabalhadores rurais, assistindo aos ciclos de perpetuação da Natureza, Torga aprendeu o valor de cada homem, como criador e propagador da vida e da Natureza: sem o homem, não haveria searas, não haveria vinhas, não haveria toda a paisagem duriense, feita de socalcos nas rochas, obra magnífica de muitas gerações de trabalho humano.


Ora, estes homens e as suas obras levam Torga a revoltar-se contra a Divindade Transcendente a favor da imanência: para ele, só a humanidade seria digna de louvores, de cânticos, de admiração: (hinos aos deuses, não/os homens é que merecem/que se lhes cante a virtude/bichos que cavam no chão/actuam como parecem/sem um disfarce que os mude).


Para Miguel Torga, nenhum deus é digno de louvor: na sua condição omnisciente é-lhe muito fácil ser virtuoso, e enquanto ser sobrenatural não se lhe opõe qualquer dificuldade para fazer a Natureza - mas o homem, limitado, finito, condicionado, exposto à doença, à miséria, à desgraça e à morte é também capaz de criar, e é sobretudo capaz de se impor à Natureza, como os trabalhadores rurais transmontanos impuseram a sua vontade de semear a terra aos penedos bravios das serras. E é essa capacidade de moldar o meio, de verdadeiramente fazer a Natureza mau grado todas as limitações de bicho, de ser humano mortal que, ao ver de Torga fazem do homem único ser digno de adoração.


Considerado por muitos como um avarento de trato difícil e carácter duro, foge dos meios das elites pedantes, mas dá consultas médicas gratuitas a gente pobre e é referido pelo povo como um homem de bom coração e de boa conversa. Foi o primeiro vencedor do Prémio Camões

João Brito Sousa

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

A HISTÓRIA DO BCP /EXPRESSO


RETIRADO DA IMPRENSA


OPINIÃO


DA OPUS DEI À MAÇONARIA: A INCRÍVEL HISTÓRIA DO BCP
por MIGUEL SOUSA TAVARES

Em países onde o capitalismo, as leis da concorrência e a seriedade do negócio bancário são levados a sério, a inacreditável história do BCP já teria levado a prisões e a um escândalo público de todo o tamanho. Em Portugal, como tudo vai acabar sem responsáveis e sem responsabilidades, convém recordar os principais momentos deste "case study", para que ao menos a falta de vergonha não passe impune.

1 - Até ao 25 de Abril, o negócio bancário em Portugal obedecia a regras simples: cada grande família, intimamente ligada ao regime, tinha o seu banco. Os bancos tinham um só dono ou família, intimamente ligada ao regime, tinha o seu banco. Os bancos tinham um só dono ou uma só família como dono e sustentavam os demais negócios do respectivo grupo. Com o 25 de Abril e a nacionalização sumária de toda a banca, entrámos num período 'revolucionário' em que "a banca ao serviço do povo" se traduzia, aos olhos do povo, por uns camaradas mal vestidos e mal encarados que nos atendiam aos balcões como se nos estivessem a fazer um grande favor. Jardim Gonçalves veio revolucionar isso, com a criação do BCP e, mais tarde, da Nova Rede, onde as pessoas passaram a ser tratadas como clientes e recebidas por profissionais do ofício.


Mas, mais: ele conseguiu criar um banco através de um MBO informal que, na prática, assentava na ideia de valorizar a competência sobre o capital. O BCP reuniu uma série de accionistas fundadores, mas quem de facto mandava eram os administradores - que não tinham capital, mas tinham "know-how". Todos os fundadores aceitaram o contrato proposto pelo "engenheiro" - à excepção de Américo Amorim, que tratou de sair, com grandes lucros, assim que achou que os gestores não respeitavam o estatuto a que se achava com direito (e dinheiro)

2 - Com essa imagem, aliás merecida, de profissionalismo e competência, o BCP foi crescendo, crescendo, até se tornar o maior banco privado português, apenas atrás do único banco público, a Caixa Geral de Depósitos. E, de cada vez que crescia, era necessário um aumento de capital. E, em cada aumento de capital, era necessário evitar que algum accionista individual ganhasse tanta dimensão que pudesse passar a interferir na gestão do banco. Para tal, o BCP começou a fazer coisas pouco recomendáveis: aos pequenos depositantes, que lhe tinham confiado as suas poupanças para gestão, o BCP tratava de lhes comprar, sem os consultar, acções do próprio banco nos aumentos de capital, deixando-os depois desamparados perante as perdas em bolsa; aos grandes depositantes e amigos dos gestores, abria-lhes créditos de milhões em "off-shores" para comprarem acções do banco, cobrindo-lhes, em caso de necessidade, os prejuízos do investimento.


Desta forma exemplar, o banco financiou o seu crescimento com o pêlo do próprio cão - aliás, com o dinheiro dos depositantes - e subtraiu ao Estado uma fortuna em lucros não declarados para impostos. Ano após ano, também o próprio BCP declarava lucros astronómicos, pelos quais pagava menos de impostos do que os porteiros do banco pagavam de IRS em percentagem. E, enquanto isso, aqueles que lhe tinham confiado as suas pequenas ou médias poupanças viam-nas sistematicamente estagnadas ou até diminuídas e, de seis em seis meses, recebiam uma carta-circular do engenheiro a explicar que os mercados estavam muito mal.

3 - Depois, e seguindo a velha profecia marxista, o BCP quis crescer ainda mais e engolir o BPI. Não conseguiu, mas, no processo, o engenheiro trucidou o sucessor que ele próprio havia escolhido, mostrando que a tímida "renovação" anunciada não passava de uma farsa. E descobriu-se ainda uma outra coisa extraordinária e que se diria impossível: que o BCP e o BPI tinham participações cruzadas, ao ponto de hoje o BPI deter 8% do capital do BCP e, como maior accionista individual, ter-se tornado determinante no processo de escolha da nova administração... do concorrente! Como se fosse a coisa mais natural do mundo, o presidente do BPI dá uma conferência de imprensa a explicar quem deve integrar a nova administração do banco que o quis compar e com o qual é suposto concorrer no mercado, todos os dias...

4 - Instalada entretanto a guerra interna, entra em cena o notável comendador Berardo - o homem que mais riqueza acumula e menos produz no país - protegido de Sócrates, que lhe deu um museu do Estado para ele armazenar a sua colecção de arte privada. Mas, verdade se diga, as brasas espalhadas por Berardo tiveram o mérito de revelar segredos ocultos e inconfessáveis daquela casa. E assim ficámos a saber que o filho do engenheiro fora financiado em milhões para um negócio de vão de escada, e perdoado em milhões quando o negócio inevitavelmente foi por água abaixo. E que havia também amigos do engenheiro e da administração, gente que se prestara ao esquema das "off-shores", que igualmente viam os seus créditos malparados serem perdoados e esquecidos por acto de favor pessoal.

5 - E foi quando, lá do fundo do sono dos justos onde dormia tranquilo, acorda inesperadamente o governador do Banco de Portugal e resolve dizer que já bastava: aquela gente não podia continuar a dirigir o banco, sob pena de acontecer alguma coisa de mais grave - como, por exemplo, a própria falência, a prazo.

6 - Reúnem-se, então, as seguintes personalidades de eleição: o comendador Berardo, o presidente de uma empresa pública com participação no BCP e ele próprio ex-ministro de um governo PSD e da confiança pessoal de Sócrates, mais, ao que consta, alguém em representação do doutor "honoris causa" Stanley Ho - a quem tantos socialistas tanto devem e vice-versa. E, entre todos, congeminam um "take over" sobre a administração do BCP, com o "agréement" do dr. Fernando Ulrich, do BPI. E olhando para o panorama perturbante a que se tinha chegado, a juntar ao súbito despertar do dr. Vítor Constâncio, acharam todos avisado entregar o BCP ao PS.


Para que não restassem dúvidas das suas boas intenções, até concordaram em que a vice-presidência fosse entregue ao sr. Armando Vara (que também usa 'dr.') - esse expoente político e bancário que o país inteiro conhece e respeita.

7 - E eis como um banco, que era tão independente que fazia tremer os governos, desagua nos braços cândidos de um partido político - e logo o do Governo. E eis como um banco, que era tão cristão, tão "opus dei", tão boas famílias, acaba na esfera dessa curiosa seita do avental, a que chamam maçonaria.

8 - E, revelada a trama em todo o seu esplendor, que faz o líder da oposição? Pede em troca, para o seu partido, a Caixa Geral de Depósitos, o banco público. Pede e vai receber, porque há 'matérias de regime' que mesmo um governo com maioria absoluta no parlamento não se atreve a pôr em causa. Um governo inteligente, em Portugal, sabe que nunca pode abocanhar o bolo todo. Sob pena de os escândalos começarem a rolar na praça pública, não pode haver durante muito tempo um pequeno exército de desempregados da Grande Família do Bloco Central.

Se alguém me tivesse contado esta história, eu não teria acreditado. Mas vemos, ouvimos e l Se alguém me tivesse contado esta história, eu não teria acreditado. Mas vemos, ouvimos e emos.

MEU COMENTÁRIO

Escrever um artigo da envergadura deste que MST escreveu, não está ao alcance de qualquer um. Além de conhecimentos de jornalismo, é necessário ainda dominar bem o Direito Fiscal, Direito Civil e Direito Comercial, entre outras coisas... E ser corajoso, penso eu.

O artigo, excelente , vai aí para que alguém que se queira pronunciar o possa fazer. Eu não.

A minha estranheza passa pelo facto de reconhecer que MST é um excelente escritor, bom jornalista, tem o feeling apurado para grandes artigos, mas tenho reparado, que há notícias que surgem no dia a dia, que deveriam interessar a MST mas é ele que diz quando no desempenho das suas funções de jornalista, onde é pago para responder às notícias, como foi o caso do Telejornal da TVI, onde, quando lhe pediram para comentar Carolina Salgado, MST disse, parece-me, que o que essa senhora diz lhe entrava por um ouvido e saia por outro.

Mas porquê?..

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

ESTE POST É PARA O EDMUNDO FIALHO

A EQUIPA MARAVILHA

Andavam sempre juntos,

Em cima, da esquerda para a direita,

O primeiro não conheço, depois Edmundo Fialho, Joreg Cachaço e Fernando Palminha

sentados

Daniel Mendonça, Aníbal Cavaco Silva e João Jacinto.

colocação de

JBS




terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

VAMOS SER AMIGOS?!


AO INÁCIO E AOS OUTROS TODOS

Não sei quem é o Inácio. Falei com ele uma vez e sei que é do tempo de aluno do José Dias Lucas do BNU enquanto o Inácio, segundo creio foi funcionário do BPA.

O Inácio ficou muito magoado comigo, quando uma vez coloquei aqui um comentário desfavorável a uma pessoa que ele certamente admira.

Gostava de apertar a mão do Inácio, como costeleta que somos e amigos que deveríamos de ser. Aqui deixo o meu abraço estendido ao Inácio... em nome da Paz, da Amizade e do facto de sermos costeletas.

Igual apelo faço ao nosso amigo que me apelidou de egocêntrico. Não sei quem foi mas gostava de lhe mandar um abraço.

E outro abraço para o Jorge Tavares a quem talvez nem sempre tenha sido correcto

ORGULHOSAMENTE


Direi que penso não ser maldoso
Nem de jogo baixo e rasteiro
Mas no meio disto tudo é curioso
Que na porrada sou e o primeiro

A levar mais do que a dar
Visto cada um ter a sua sorte
A minha é comer e calar
Vai ser assim até à morte

Depois tudo acaba ou recomeça
E quero aprender mais depressa
As manigâncias que a vida tem

Àqueles todos que não gostaram
Das coisas que fiz e não prestaram
Aqui peço me perdoem também

JOÃO



segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

OS TRABALHADORES ESTUDANTES

(Os ceifeiros)
OS TRABALHADORES ESTUDANTES
Foram alguns dos melhores estudantes da Escola os que nela estudaram à noite, sendo nesse caso considerados trabalhadores estudantes, porque estudavam à noite e trabalhavam de dia.

Podemos citar aqui alguns nomes de sucesso escolar como foram o NORBERTO CUNHA funcionário da Caixa Geral de Depósitos, JOSÉ DOMINGOS BARÃO Revisor Oficial de Contas, o CARLOS ALBERTO FIGUEIRA e outros ....

Mas esta pequena crónica não ficaria minimamente satisfatória se deixasse de figurar nela o SEBASTIÃO DO CARMO BRITO, um meu parente que de dia tyrabalhaav no campo e à noite ia para a Escola no curso nocturno.

Tempos difíceis, esses, não é verdade Sebastião.

Aceita um abraço deste teu primo, extensivo a todos os trabalhadores da noite.

João Brito Sousa

domingo, 22 de fevereiro de 2009

ELES JÁ COMEÇARAM


OS BORDALOS JÁ MEXEM.

Caros colegas,

o 16º encontro dos antigos alunos da Escola Industrial e Comercial das Caldas da Rainha já está em marcha.O “staff” da organização, aqui retratado, reuniu-se na passada terça-feira para delinear a estratégia para que o Encontro, a exemplo de anos anteriores, seja uma festa muito divertida

Em relação à equipa do ano passado regista-se a entrada da Luísa Pimenta em substituição do Manuel Marques da Silva.O Encontro vai ter lugar no restaurante “A Lareira” no dia 9 de Maio de 2009, e o custo da inscrição será igual ao do ano passado - 28 Euros.Mais à frente daremos mais pormenores, até lá marquem na vossa agenda que o 2º Sábado de Maio é dia de viver emoções fortes.

José Ventura

sábado, 21 de fevereiro de 2009

LUCIDEZ DE PENSAMENTO


LUCIDEZ DE PENSAMENTO
por João Brito Sousa

É o título do meu primeiro romance. Escrevi-o com gosto e gosto do que escrevi. Qause todo o livro, sem eu saber bem porquê, porque não foi deliberado, se situa na área dos considerandos. Falo muito sobre a vida, a minha realização pessoal, os meus êxitos e os meus fracasssos. Depois de o reler, gostei.

Espero ter leitores e que gostem taambém.

Aí vai um pouco dele:

"Estou prestes a chegar ao fim do jogo vida, situando-me naquela zona onde não podemos falhar ou onde devemos falhar menos dando o melhor de nós próprios. Resta-me depois o prolongamento. Agora é hora do balanço, não obrigatório, é certo, mas que posso optar por fazê-lo ou não.

Optei sim.

De tudo aquilo que fiz na vida, é evidente que não me arrependo de nada, mas se começasse hoje, não fazia nada da mesma maneira, pois penso que fiz muita coisa errada ou quase tudo. Cometi erros tremendos que só agora dei por eles. Ou talvez não sejam erros assim tão significativos. Na vida tudo é relativo. A vida não veio para ficar; a vida vai-se.

Apesar de tudo e de todos os momentos menos bons que vivi no passado, não dou por mim a queixar-me deles. Não estou contente por aí além. Tenho dores como qualquer um, sofri alguma coisa e sofro. Por coisas alheias à minha vontade e tenho a certeza que não contribui em nada para piorar as coisas.

Gosto da palavra vida e do que ela encerra de misterioso talvez. E penso que a vida é um mistério. E dos grandes. Tantas são as asneiras que se fazem e conseguimos subsistir. É verdade que são muitas e mais tarde pagaremos a factura do resultado dessas asneiras feitas.

Resta da vida uma única coisa boa: os amigos e, como consequência disso, a família, se os laços criados forem laços de amizade. Às vezes não existem. São inimigos como irmãos, costuma dizer-se. Os interesses criados não são compatíveis com a ambição de cada um. Surge a agressão. A vida tem graça e piada até, se for levada com calma e com consideração uns pelos outros. E é pena que acabe tão depressa..

Nunca estipulei nenhum estilo de vida. Vivi a vida. Com regras umas vezes outras vezes sem elas. Casei-me aos vinte e seis anos, porque entedia, nessa altura, que a vida é a dois. A sós não temos a noção total dos problemas que ela contem. A vida tem problemas que às vezes são grandes e de difícil resolução. Mas em princípio tudo se resolve. Bem ou mal. Resolver mal também é resolver o problema. Resolver aqui quer dizer que ele deve deixar de existir. Tudo se resolve.

Dizem os antigos que só a morte não tem solução. Mas não se sabe nada disso, o que nos torna a resolução deste problema da vida ainda mais complicado. Ou será que o que nos preocupa será o problema da morte? Não sei nada disso. Se da vida que temos não sabemos nada, como havemos de saber da outra?... ironiza Raul Brandão. Não pude resolver nada quando os meus Pais faleceram. Faleceram, é só. É um dado adquirido que nós havemos todos de desaparecer da face da terra, que, por desconhecermos o destino dessa morte, talvez que todos tenhamos medo dela.

Eu, pessoalmente não sei se tenho medo. Penso mais ou menos como aquele filósofo que dizia: enquanto vida, não se pensa na morte. E depois quando morrermos já não pensamos em nada.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

PARA REFLECTIR


PENSAMENTOS PARA REFLECTIR

O texto seguinte é da autoria de Vergílio Ferreira, in 'Conta-Corrente IV'

“O comportamento moral implica sempre um juiz e a memória nele desse nosso comportamento. Assim se admite a nossa responsabilidade perante outrem e a ideia de que nesse outrem perdurará a memória de nós pelos séculos.


Ora o que é que significa hoje o comportamento dos que viveram há cem anos? e há mil? Quando Deus se dava ao luxo de existir, ele garantiria a memória do que fomos. Mas agora que ele desistiu? E todavia a ordem moral continua.


O «se Deus não existe tudo é permitido» de Dostoievski é perfeitamente ilusório. Nós construímos a nossa moral como se ela existisse. Alguma coisa portanto deve persistir perante a qual nos comportamos....”


ALGUMAS NOTAS SOBRE Vergílio Ferreira

Iniciou a sua actividade literária na década de quarenta do século XX.

Seduzido pela força do neo-realismo, sofrerá uma sensível mudança que o tornou marginal à ideologia marxista, mas que o afastará também do catolicismo. O que essencialmente o fez mudar, como ele próprio escreveu, não foi a aspiração ao humanismo e à justiça, mas um conceito prático de justiça e de humanismo, pois que se os modos de concretização de um sonho podem sofrer correcção, não o sofreu neste caso, a aspiração que visava concretizar. Transparecia seguramente nesta mudança. (texto retirado da Net).

COMENTÁRIO:

Vergílio Ferreira tem uma obra literária extensa e poderosa, onde questiona as coisas simples e complicadas da vida. O comportamento moral de que fala Vergílio deverá ter um tecto em Deus, porque é daí que está instituído que emana a moral. O significado do comportamento dos que viveram há cem anos nada nos diz; já passou. Todavia a memória do nosso comportamento é essencial...

João Brito Sousa

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

REFLEXÃO FILOSÓFICA


REFLEXÃO FILOSÓFICA


O texto que se segue é de Teixeira de Pascoaes, in "A Saudade e o Saudosismo.”

Aí vai o texto

A Sociedade é a Imagem do Homem

O aperfeiçoamento da Humanidade depende do aperfeiçoamento de cada um dos indivíduos que a formam. Enquanto as partes não forem boas, o todo não pode ser bom. Os homens, na sua maioria, são ainda maus e é, por isso, que a sociedade enferma de tantos males. Não foi a sociedade que fez os homens; foram os homens que fizeram a sociedade.

Quando os homens se tornarem bons, a sociedade tornar-se-á boa, sejam quais forem as bases políticas e económicas em que ela assente. Dizia um bispo francês que preferia um bom muçulmano a um mau cristão. Assim deve ser. As instituições aparecem com as virtudes ou com os defeitos dos homens que as representam...”

TÓPICOS SOBRE O SAUDOSISMO

“O Saudosismo constituiu a linha de rumo dos filósofos que, nos últimos anos, dando primazia ao pensamento intuitivo criador de mitos ("quanto mais poeta mais filósofo"), têm procurado fundamentar uma filosofia genuinamente portuguesa, ou galaica-portuguesa....”

O MEU COMENTÁRIO.

É razoável pensar que o aperfeiçoamento da humanidade terá mais viabilidade de acontecer se o aperfeiçoamento dos indivíduos, de per si, se verificar. Apesar de isso não ser uma garantia, o que podemos dizer, é que sem esse passo isso não se dará nunca.

Concordo plenamente que os homens é que fazem a sociedade...

È um facto que a humanidade é o conjunto de todos nós. Assim, se nós nos aperfeiçoarmos individualmente a sociedade terá tendência a ser melhor. Mas não é uma garantia. Para que a sociedade seja melhor e se sinta melhor é preciso que haja cooperação.

A cooperação é fundamental para que a humanidade funcione melhor. Não basta funcionar; terá que funcionar melhor.

Concordo que os homens na sua maioria sejam ainda maus por isso é preciso que dentro desse aperfeiçoamento o homem aproveite a embalagem para passar do estádio e de mau para a de menos mau, gradualmente até chegar ao homem bom.

Mas será que conseguiremos lá chegar?...

João Brito Sousa

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

AOS NOSSOS PROFESSORES

(???, ???, Luís Isidoro, Aurélio Madeira, Drª Florinda, ???, ????, sentados Aníbal, Justo Sousa e Edmundo Fialho)
EXMA SENHORA Drª FLORINDA BÁRBARA

Muito boa noite para a senhora Drª e o meu muito obrigado pelo muito que nos ensinou.

Quando chegou ao ensino e apareceu na Escola era uma jovem. Sabia bem a matéria, era uma pessoa preparada para a missão e muito inteligente. Leccionava Cálculo Comercial e Contabilidade. Tinha consideração pelos alunos de uma maneira geral, mas não gostava dos montanheiros. Penso eu ...

Senhora Doutora Florinda Bárbara, vou fazer-lhe uma confidência; eu fiz o Curso de Contabilista e fui professor de CONTABILIDADE no ISCAL, hoje Ensino Superior. Uma coisa que a senhora penso não acreditar ser possível naquele tempo.

Certamente que se lembrará de mim, que era da turma do Herlander Estrela, do Vieguinhas d e Estoi, Epaminondas e outros.

Gostava de saber da senhora. Os seus alunos continuam a gostar todos muito de si.

Diga qualquer coisa para o TM 96 373 64 04.

Creia-me um aluno amigo.

Aceite os cumprimentos do

João Brito Sousa

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

MINHA CHEGADA À ESCOLA


O MEU COMANDANTE DE CASTELO

7 de Outubro de1952.

Chegou o meu dia e lá fui. Ena pá, tanta malta. Ouvia que chamavam a este e àquele, é montanheiro!... e depois passava um e passava outro e vá umas ripadas no lombo do pessoal.... porque éramos caloiros. Curiosamente percebi que caloiros deveríamos ser nós, porque nós, os do primeiro ano, é que levávamos. A primeira cacetada que levei deu-me o Víctor Abrantes, que já andava no segundo ano....

E lá íamos andando....

Aos sábados tínhamos as tardes da Mocidade Portuguesa e o nosso Comandante de Castelo era o Zé Pudim Paixão, que hoje está aí connosco, de bem com a vida a quem envio daqui um grande abraço, ao homem, ao nosso amigo e comandante. Ainda me lembro, o Zé, andava connosco por ali e depois juntávamos num certo sítio e passávamos uma ou duas horas nas actividades cívicas.
Umas dessas actividades eram umas corridas que fazíamos uns contra os outros. Para isso, o Zé formava a malta em duas filas, dava-lhes um nome,.. e lá íamos nós correr até ao marco e voltar.
A mocidade Portuguesa tinha como objectivo criar em nós espírito de grupo

E a minha equipa era a equipa do RASGA A MANTA.

Obrigado pela ajuda ó COMANDANTE PAIXÃO.

João Brito Sousa

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

POESIA DE MANUEL MADEIRA


Crítica
por MARIA DO SAMEIRO BARROSO
À DESCOBERTA DAS CAUSAS NO SORTILÉGIO DOS EFEITOS
de Manuel Madeira

POESIA

NA PAISAGEM POÉTICA, O UNIVERSO DO SER

Na concepção de Friedrich Schiller (1759-1805), que possuía sólida formação na área das ciências, nomeadamente, na Medicina, o verdadeiro Poeta deveria incorporar em si todos os avanços científicos e conquistas do seu tempo[1].

Há, de resto, ecos da Ode à Alegria (An die Freude) do jovem Friedrich Schiller: «Wollust ward dem Wurm gegeben,/Und der Cherub steht vor Gott».(Volúpia foi dada ao verme,/E o querubim ‘stá ante Deus.[2]).

No séc. XVIII, está patente a concepção de Leibniz (1646-1716), segundo a qual: «os instintos não devem ser compreendidos como afectos, isto é, como “confusae repraesentationes”[3].

É no âmbito desta consciência (do final do século XVIII), ampliada e transposta para o século XXI que Manuel Madeira abre sobre si mesmo as portas do seu universo poético, que se constitui como «Substância original de toda a eternidade» (V, p. 13).

Para a sua interrogação sobre o real, convoca Platão: «Platão sabia que o real é uma sombra/mas a sombra não é ipso facto o real:» (VI, p. 14).

Partindo do seu «Início Instável» (título do poema da p. 16), fazendo o seu caminho através da sua «Oscilação cega» (título do poema da p. 17), a natureza, vivificada pela «fonte das palavras» inaugura a relação do poeta com a sua «essência intrínseca» (p. 20). No poema da página seguinte, o diálogo do poeta com natureza assume formas concretas: «Hoje tive a visita do melro preto com duas penas brancas» (p. 19) que se articulam com a sua «Autobiografia» (p. 20): «Trago sedimentos de palavras que são grãos/de areia de um deserto inesgotável» (p. 21).

Nesta paisagem que Manuel Madeira nos vai confiando, a luz: «É uma sombra fóssil com raízes aéreas» (poema «Luz para iluminar um fóssil», p. 22).

Tal como para Hans-Georg Gadamer (1900-2002): «Na verdade, o horizonte do presente está num processo de constante formação»[4]. Este processo não se forma à margem do passado: «Parte dessa prova é o encontro com o passado e a compreensão da tradição da qual nós mesmos procedemos[5].

É neste devir poético que cabem e se abrem as «Estratégias do vento» (pp. 23- 27). Neste ciclo, o vento, sacudindo as ramagens da memória, convocando «o silêncio de um Nocturno de Chopin» ou, curiosamente o, já veladamente aludido «hino à alegria da nona sinfonia de Beethoven» e a conclusão de que «só os genes são responsáveis/porque são imortais como as partículas que os enformam.» (p. 25).

No nosso tempo, é nos genes, no ADN, na ciência, em resumo, que o homem se revê, na sua necessidade arcaica de Deus e da Eternidade. : «A morte dos deuses é um sinal do tempo que nos viu nascer», afirmara nas Cartas Poéticas[6] que trocara com António Ramos Rosa. O ser é uma parte do Todo, corresponde a um ínfimo resíduo cósmico, mas apenas nele pode projectar a sua certeza ou ilusão de Eternidade, uma vez que: «A morte dos deuses é um sinal do tempo que nos viu nascer»

O vento é também um elemento estético, por excelência, que actua como dilecto agente transmutador da matéria e dos afectos: «O vento é neste caso um violino/percutido pelo arco de um poeta/que transforma a dor sofrida em alegria.» (IV, p. 27), onde «a música do silêncio» persiste «numa canção de Mahler» (p. 28).

E a paisagem poética continua a desdobrar-se, nas meditações dos seus «Trajectos» (pp. 30-35), de onde o poeta emerge «Perdido às escuras entre fragrâncias claras» (p. 36). O uso recorrente de antinomias e ao oximoro reforça a dialéctica desta poética. No verso seguinte: «é como estar soterrado na leveza das nuvens». As coisas e as vivências são transformadas: «A distância/ dilui-se em sensação. As palavras substituem/os objectos e os seres agora transformados em recordação/que acorda os momentos esculpidos/no espaço tempo que os levou consigo.» (p. 37).

O tempo, que, para Schleiermacher (1768-1834): « já não é mais, primariamente, um abismo a ser transposto porque divide e distancia, mas é, na verdade, o fundamento que sustenta o acontecer, onde a actualidade finca as suas raízes[7], rodopiando, no seu imponderável eixo, é: «seta disparada à revelia dos sentidos» (p. 40), ou «(...) a ânsia indizível de o procurar» (Poema «Em memória de Marcel Proust/Todo o presente já passado» (p. 44), projectando-se prospectiva e retrospectivamente: «tacteando o vazio», «a ausência», «porque tudo é passado à velocidade da luz».

A natureza fornece-lhe indícios seguros: «Vejo através da janela a trajectória das aves» (p. 42), enquanto o real lhe parece escapar: «Quanto mais falamos do Real/mais ele nos foge por entre os dedos vagos» (p.43).

Pontuando esta poesia de pendor reflexivo filosófico, a música: «Embalado pela música», o tempo: «o tempo sem sentido que tem o sentido/ sentido por mim» e as palavras: «Surpreendo as palavras no seu leito de cal» (p. 47), articulam uma tríade na qual o ser poético se vincula ao real e ao onírico. Pela palavra que, conscientemente desperta: «Desperto-as para que me despertem/do sono vegetal em que sonho com elas»(p. 47), aspergindo a sua seiva para dentro de si, inscreve, na sua própria luz, a luz do universo e, em meditações metapoéticas: «A poesia desliza entre o silêncio e a palavra (Poema «Entre silêncio e a Palavra», p. 48).

Entre os cometas, transformados em pintura, «Sobre um quadro de Kandinsky»(p. 51), «O vento que sacode os pensamentos» (p. 52) e retalhos do quotidiano, no qual o homem é o inexorável predador: «Chegaram os caçadores e as perdizes sabem» (Poema «Caça», p. 53), persiste o núcleo inconsciente presidindo, com a sua matéria de enigmas: «Todos os dias assisto e participo talvez inconsciente/na luta silenciosa (...)» (Poema «Enigmas», p. 54).

A relação poema/verdade é assumida por Manuel Madeira: «O poema é a verdade É nela que se move/respira e canta mesmo que a respiração seja ofegante/e o canto doa até fazer sangrar» (p. 59).

Goethe (1749-1832) enunciara uma poética ao serviço da verdade, no livro «Dichtung und Wahrheit» (Poesia e Verdade), tendo referido, na carta a Zelter, as suas obras como: «Es sind lauter Resultate meines Lebens, und die erzählten einzelnen Fakta dienen bloß, um eine höhere Wahrheit, zu bestätigen.» (São factos sonoros da minha vida e os pormenores dos factos narrados servem apenas para constatar uma verdade mais elevada)[8].

Aos «Fakta» de Goethe, vêm-se sobrepor as «Erlebnisse» (vivências), palavra que só passou a ser utilizada nos anos 70 do séc. XIX. Tal como esclarece Hans-Georg Gadamer: «No século XVIII ela absolutamente ainda não existe, mas também Schiller e Goethe não a conhecem. A partir daí, a palavra “vivenciar” passa a carregar o tom da imediaticidade com que se abrange algo real»[9].

Para este filósofo: «A corrente vivencial possui o carácter de uma consciência universal do horizonte, do qual só se dão realmente momentos individuais, como vivências.»[10].

É a essa verdade, a essa totalidade, que Manuel Madeira se consagrara e já expressara nas Cartas Poéticas que trocara com António Ramos Rosa, seu amigo de juventude: «Suspendo um pouco a mão sobre o papel/para deixar fluir por todo o corpo o pensamento/porque sou eu inteiro que escrevo e penso»[11].

Nessa totalidade, Manuel Madeira mergulhara já a sua aspiração cósmica: «Aspiramos à implantação do ser/como quem implanta uma alfarrobeira ou um hibisco»[12].

Uma alfarrobeira, planta tipicamente algarvia, terra natal dos dois poetas, ou o hibisco, exuberante flor meridional são um elo presente e acessível, nesse país poético.

«Às vezes é tão pouco o que nos torna o passo leve», dissera, quase ciciando, António Ramos Rosa[13].

A infância: «O aroma quente dos morangos» (p. 60), a grande explosão cósmica: «Tenha ou não havido a Grande Explosão» (p. 62), ou, de novo, cenários de um quotidiano mais próximo: (Poema «Era o Verão»), «Chegava montado numa pileca esconsa»(p. 63), são pontos de partida diversos que continuam a alternar.

Nesta torrente poética em que «Ser livre é estar disponível e vazio» (Título do poema da p. 62), ou: «Em memória de Miguel Torga/no centenário do seu nascimento (título do poema da p. 65), Manuel Madeira sabe também reconhecer a aridez da vida: «mesmo aqui a Poesia te visitava», ou: «Nem sempre cantaste a alegria de viver/embora esse desejo permaneça fulgurante».

«É artificiosa e matreira esta matéria mais ínfima», diz-nos na p. 67, «Vemos e sentimos o mundo à nossa imagem» (p. 69).

Deste universo: «Talvez o círculo seja a figura dominante aproximada/deste universo aberto e sincopado que somos» (p. 73), tudo é imprevisível: (Título do poema 11«Anatomia do Amor Imprevisível», p. 74), porque «tudo o que existe poderia ser diferente/senão na essência ao menos na aparência».

Mergulhando na sua própria génese: «Nada existia antes que não fosse tudo» (p. 75) e, nesta paisagem, a um tempo, cósmica, quotidiana, o poeta escava bem fundo, o mundo, nas suas margens abertas, porque, fulminando em si a luz, define o poema, magnificamente configurado, como:

«um universo de letras»
(Poema «Tempo do poema ou Poema do tempo», p. 76).


recolha de

JOÃO BRITO SOUSA
[1] [Josef Käufer], Versuch einer Einführung, in Friedrich Schiller, Medizinische Schriften, Hoffmann – La Roche, Munique, Anlaßdes 200. Geburstag des Dichters, 10 November 1959, p. 18.
[2] Friedrich Schiller, poema À Alegria, in Paulo Quintela, Obras Completas, IV (Org. António Sousa Ribeiro), Traduções III, Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, 1999, p. 344.
[3] Leibniz, apud Hans-Georg Gadamer, Verdade e Método. Traços fundamentais de uma hermenêutica filosófica (original: Wahrheit und Methode, Tübingen, 1986), trad. de Flávio Paulo Meurer, 3.ª ed., Vozes, Petrópolis, 1999, Primeira Parte, 1.1.3, β [p. 34] (74), nota 74.
[4] Hans-Georg Gadamer, Verdade e Método, Segunda Parte, 2.1.4, [p. 311] (457).
[5] Hans-Georg Gadamer, Verdade e Método, Segunda Parte, 2.1.4, pg. 311] (457).
[6] Sexta carta a A.R.R., in António Ramos Rosa e Manuel Madeira, Cartas Poéticas in Idem, Trigésima primeira carta a A. R. R., Editora labirinto, Fafe, 2007, p. 23.
[7] Schleiermacher, apud Hans-Georg Gadamer, Verdade e Método, Segunda Parte, 2.1.3, [pg. 302] (445).
[8] Johann Wolfgang Goethe, in Brief an Zelter, 15,2,1830, apud Hrsg. Richard Dobel, Das Lexicon der Goethe-Zitate, Patmos Verlag, , Albatros Verlag, Düsseldorf, 2002, p. 320.
[9] Hans-Georg Gadamer, Verdade e Método. Primeira Parte, 1.2.2.β [pg. 66] (117).
[10] Hans-Georg Gadamer, Verdade e Método, Segunda Parte, 1.3.1, [p. 250] (373).
[11] António Ramos Rosa e Manuel Madeira, Cartas Poéticas, in Trigésima primeira carta a A. R., p. 77.
[12] António Ramos Rosa e Manuel Madeira, Cartas Poéticas, in Sexagésima terceira carta a A.R.R., p. 144.
[13] António Ramos Rosa e Manuel Madeira, Cartas Poéticas, in Quinta carta a Manuel Madeira, p. 20.

domingo, 15 de fevereiro de 2009

CONTACTANDO AS ESCOLAS COMERCAIS




Caro amigo Zé Ventura.




Mas que coisa linda que vocês têm aí pá....Um blog com pinta..Recordações da Escola Comercial e Industrial das Caldas O velho tempo das baldas ás aulas, e eu que daí só conhecia o António Pedro, a jogar a dez no cube de futebol local mais o Nogueira o Manel que foi meu Chefe na PAN AM em Lisboa, nos Restauradores e o outro camarada que foi durante muitos anos presidente da casa do BENFICA, lembras-te??ZÉ EU SOU DA ESCOLA COMERCIAL E INDUSTRIAL DE FARO, temos um blog da associação que é o http://oscosteletas.blogspot.com/ e outro, meu, por sinal, o http://www.escolacomercialeindustrial.blogspot.com/ e venho convidar-vos a estar presente no noso almço anual em Vilamoura a 13 de Junho próximo, 30 € cada pessoa; venham dois, vou contactar mais escolas , Silves, Setúbal, Águeda... para mostrar à Minisra o valor do ensino desse tempo. Sou reformado do ensino superior, escrevo para 4 jornais do Algarve e vou lançar agora em abril o meu primeiro romance . Gostava de escrevr para aí uns artigos de vez em quando. Um abraçoJoão Brito Sousa..........1









2 - ESCOLA COMERCIAL DAS ACALDAS DA RAINHA

O 15º Encontro dos Antigos Alunos da Escola Industrial e Comercial de Caldas da Rainha reuniu no restaurante “A Lareira”, no passado sábado, 292 participantes, num “grande acontecimento social”, como classificou José Ventura, da organização do evento.“Manda o bom senso que não devemos ser juízes em causa própria, mas que o encontro dos “meninos” e “meninas” da Escola foi uma grande festa, lá isso foi”, afirmou.Além de alunos, alguns dos quais se deslocaram de propósito do Canadá e Espanha, e dentro do país, do Porto a Faro, o encontro contou também com a presença de alguns professores, como João Correia, Isabel Correia, Maria do Céu, Jorge Amaro, padre Borges e mestre Raul.



O aluno mais velho presente, Alfredo Augusto Damião de Almeida, com os seus 90 anos deslocou-se de comboio de Queluz até às Caldas da Rainha, tendo recebido um “Bordalo” em cerâmica, em jeito de homenagem

AO JORNAL DAS CALDAS, admitiu não se lembrar quais os anos em que frequentou a escola, mas a organização entregou-lhe documentos que comprovaram ter sido de 1931 a 1942.“Estou muito satisfeito por estar aqui.



Não vejo antigos colegas, mas convivo com alunos que frequentaram a mesma escola”, disse.O dia começou com concentração na esplanada do Parque D. Carlos I. Como São Pedro não quis colaborar “lá ficaram por dar umas voltinhas de barco, a recordar tempos de outrora”, confessou José Ventura.



Por volta do meio-dia a “coluna” deslocou-se para “A Lareira”, onde a festa se desenrolou pela tarde e noite dentro, com “muita comida, condimentada com muita alegria, emotividade e por vezes salpicada de paixões que o tempo deixou para trás”.“Os animadores musicais, numa ronda pelas mesas, fizeram entoar algumas vozes que há uns anos estavam mais afinadas do que agora”, gracejou José Ventura.



Mas a dançar, os dotes não se perderam.O encontro juntou várias gerações de alunos, desde a década de 30 até aos anos 70, que passaram pelas duas instalações da escola – nas traseiras do Chafariz das Cinco Bicas e no espaço da actual Escola Secundária Rafael Bordalo Pinheiro. Muitos desses estudantes são hoje figuras públicas da sociedade caldense.Foi oportunidade de rever velhas amizades e até reatar conversas interrompidas há muitos anos. Alguns vieram pela primeira vez e prometeram voltar



A edição deste ano foi também a mais concorrida de sempre, a que não é alheio o facto de José


Ventura ter criado um blogue na Internet que se tornou um fórum com conversas e fotografias dos tempos de escola.“Em 2005 participei pela primeira vez no encontro dos Antigos Alunos da Escola Industrial e Comercial de Caldas da Rainha, onde fui aluno e completei o meu Curso de Formação Montador Electricista.



Fiquei cliente de tal maneira que resolvi entrar para o “staff” da organização. Julgo que tenho alguma responsabilidade nesta “explosão” de participantes, pois o blogue alunosbordalo.blogspot.com entra pelas casas dentro e “desinquieta” as pessoas. Mas a tecnologia não seria eficaz se a Escola não tivesse deixado em cada um de nós um sentimento de cumplicidade e fraternidade que os anos não conseguiram apagar”, manifestou.“Para o ano estão todos novamente convocados. Se não coubermos na sala, pegamos na lancheira e vamos para o pinhal”, assegurou José Ventura.Francisco Gomes





TEXTO DE ZÉ VENTRA





1 - ESCOLA COMERCIAL E INDUSTRIAL DAGUARDA


XVII Encontro do Antigos Alunos, Professores e Funcionários da Escola Comercial e Industrial da Guarda vai realizar-se, nesta cidade, no dia 25 de Outubro de 2008.
O programa deste encontro começa com uma concentração na Praça Velha, pelas 10h30.publicado por Helder Sequeira às 22:53

sábado, 14 de fevereiro de 2009

FRASES DE A. LOBO ANTUNES PARA DEBATE


FRASES DE LOBO ANTUNES PARA DEBATE.

“... Entendo tão pouco da vida e o pouco que entendo chegou, é claro, demasiado tarde, quando de pouco me serve. Deviam ter-me dado um folheto de instruções quando nasci, no género dos que acompanham as embalagens de medicamentos: indicações, contra-indicações, posologia, advertências, efeitos secundários. E em certos dias da semana, certos momentos, certas pessoas só podiam ser usados com receita médica.
L. Antunes na visão de 27.04.05, pag 7.

“...tive que enterrar grandes valores para sobreviver. Foi difícil e talvez indigno mas não encontrei outra saída. Uma hipótese era a de aceitar a mentira e conviver com ela; outra era não pactuar. E as duas hipóteses eram particularmente dolorosas.. Entendo tão pouco de a


È PRECISO ESTUDAR ANTÓNIO LOBO ANTUNES.

É um romancista português, nascido em Lisboa no dia 1 de Setembro de 1942 e proveniente de uma família da grande burguesia portuguesa. Licenciou-se em Medicina com especialização em Psiquiatria. Exerceu a profissão no Hospital Miguel Bombarda em Lisboa, dedicando-se desde 1985 exclusivamente à escrita.

A.L.Antunes é, decididamente um autor que exige muito de nós e que nos coloca problemas de nada fácil resolução. É ele que diz que começa a trabalhar às catorze e vai até às vinte e duas (respeitando as horas das refeições, obviamente), mas que às vezes tem de ir até ao hospital ver pessoas.... para não dar em maluco...

Como é que se pode classificar um homem que diz de si próprio o que vem no parágrafo anterior e o que vem nas frases seguintes?:

“...tive que enterrar grandes valores para sobreviver. Foi difícil e talvez indigno mas não encontrei outra saída. Uma hipótese era a de aceitar a mentira e conviver com ela; outra era não pactuar. E as duas hipóteses eram particularmente dolorosas.. Entendo tão pouco de amor...”

Será LA um génio, um céptico, um excêntrico, um detentor de uma inteligência fora do normal, será que tem razão no que diz, será que para desfrutarmos da vida necessitaríamos de um folheto de instruções?...

Afinal, o que e que tem para nos dar Lobo Antunes?

João Brito Sousa

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

A MIHA POESIA


A MINHA POESIA

Anima-me...
Ponho-me a pensar em situações diversas
E controversas
E pronto ...

E lá vai ...
E se umas vezes a inspiração dá
De lá sai

Uma coisa arrumada
Ou arruinada...

Eu estou de acordo com o poeta
ROBERTO AFONSO
Porque é ele que diz
que poesia não é um prato que se sirva
insonso!...

Que apenas nos torna mais feliz ...

E que não necessita de murros na mesa
À boa maneira portuguesa....
Porque poesia é melodia...
É harmonia

E comunicação também ....
E que faz bem
A quem está doente....
Que é o estado geral em que se encontra
muita gente..

Mas ó Adolfo.... o que é te deu
Para pensares que o BB sou eu?

O Baptista Bastos não devia de entrar aqui
Não só porque é dos melhores
escritores que já li..

Poeta será dos piores.... não sei

Eu aceito todas as tuas palavras menos
as que ligam.
BB à solidariedade
Porque aí as ideias brigam...

Um homem que escreveu,
“Toda a vida e um processo de demolição”
Pode ser tudo...
Mas péssimo escritor é que não....

Estou mais de acordo com o Diogo Tarreta
Que diz ser utopia
A minha poesia.

È sim senhor....
Meu amigo... sou um sonhador.

E nada mais há a fazer...
A não ser o que me pedes
que é escrever.
Com amor...

E fa-lo-ei...
Sempre... ao melhor estilo que sei...
Que é não saber nada de nada
E enquanto não cair na parada...
Escreverei...

Como disse BB... apenas sobre aquilo que sei

Da vida!....

Essa princesa desconhecida
Que procuro entender ...
Mesmo a pureza do seu olhar
Não sei ler....

E mesmo porque desconheço
Se mereço!....

A vida que para mim escolhi...
Sim senhor....
E onde assino .. como poeta e escritor.

Eu vou mais longe

A poesia está ou não está comigo
E quando estiver....
Não há, nem haverá nem pode haver
crítica a fazer

Porque.. a minha poesia sou eu...
Porque sou um poeta
Vivo ...
que ainda não morreu

João Brito Sousa

DEBATE


DEBATE


O que é ser um escritor?

Onde é que termina a função daquele que se diz escritor ou que gosta apenas de escrever e começa o trabalho daquele que se pode considerar escritor.

Diniz Machado que escreveu apenas “O que diz Molero” poderá considerar-se um escritor?.

Baptista-Bastos que começou como jornalista e escreveu dez romances e ainda escreve para os jornais, pode ser considerado escritor?

Hemingway foi jornalista de guerra e Prémio Nobel da literatura. O que é que fez para isso?.

Escrever é um aprendizagem perpétua onde raramente se chega lá diz Baptista-Bastos..

Afinal, o que é um escritor?

Texto de
João Brito Sousa


COMENTÁRIO ... perguntando.


Dizem os entendidos na matéria que, para se conseguir ser escritor, é preciso ler muito. Obviamente que isso será uma realidade. Mas será que, lendo muito e gostarmos de escrever, estamos condenados a ser grandes escritores? Há grandes escritores? E pequenos e médios também? Porque é que não há uma escola de ensinar a escrever em Portugal? Porque é que o Dr. Mário Soares, que produz cinco livros de reconhecido mérito por ano, se recusa a ser considerado como escritor?

Será o número de exemplares vendidos que define o escritor? Ou será por o Dr. Mário Soares escrever sobretudo biografias e não ficção? Residindo aqui o cerne da questão? João Brito Sousa

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

A POESIA DE MANUEL MADEIRA


À DESCOBERTA DAS CAUSAS NO SORTILÉGIO DOS EFEITOS
Manuel Madeira

Poesia

NA PAISAGEM POÉTICA, O UNIVERSO DO SER

Neste trabalho poético, o mais recente de Manuel Madeira, autor que já nos habituou a poemas de fôlego, amplia a sua relação ôntica, percorrendo as várias vertentes da dialéctica tempo-espacial do eu poético, na sua articulação com o universo.

No primeiro ciclo de poemas, constituídos por VI partes, intitulado Universo, o poeta posiciona-se exactamente no seu centro: «Estamos neste momento no Centro do Universo,/por mais que me afaste não me aparto do centro/ porque estou convosco pisando o mesmo chão/ que viaja connosco, que viajamos com ele.» (I, p. 9).

O universo é desde logo enunciado como um centro de afectos, no qual o ser se integra, na sua dimensão cósmica. No segundo poema, a palavra é introduzida como elemento estabilizador, o único, através do que é possível estabelecer pontos de referência, ainda que frágeis, pois pressentimos aqui a corrosão do tempo e dos afectos, projectados na inevitabilidade da entropia do cosmo: «Só as palavras sonham ser estáveis e intactas/como estacas cravadas nas bermas devassadas,/mas nem elas resistem à corrosão entrópica/nem nós que as usamos somos impolutos.»(II, p. 10).

A sua procura é intemporal, inscreve-se nas origens, remonta ao atomismo de Demócrito: «Falemos da forma e da essência das coisas,/procuremos a origem mais remota do ser/a causa das causas casuais das coisas/o nada original princípio e fim de tudo./Os gregos já tinham sonhado com o sonho,/Demócrito sonhou (...)». (III, p. 11).

A «matéria dinâmica» consubstancia a energia endógena que conglomera em si todos os sentidos, incorporando o orgânico e o inorgânico: «Porque a matéria sonha e pulsa desde o verme à estrela»: (IV, p. 12).


texto de MARIA DO SAMEIRO BARROSO

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

SENHOR Dr. MIGUEL VEIGA


Porto, 2009.02.09

Ao Dr MIGUEL VEIGA

Com os meus cumprimentos.

Acabo de receber a sua obra “O meu único infinito é a curiosidade” que me deixou fascinado pela sua imponência.. A obra tem do melhor que há no nosso país, Miguel Veiga, Vasco Graça Moura, Baptista Bastos e oferece-me o seguinte comentário:

“Somerset Maugham diz lá no seu “O Exame de Consciência” que o melhor prosador que o mundo moderno teve foi Voltaire. E que os escritores ingleses, talvez devido `a poética natureza da língua, alcançaram algumas vezes a excelência que a ele parece ter vindo tão naturalmente. E só foram admiráveis na medida em que se aproximaram da fluência, sobriedade e precisão do grande mestre francês”

Penso que Maugham não conhecia Miguel Veiga quando escreveu isso, porque se o conhecesse, tê-lo-ia colocado no mesmo patamar do escritor francês, porque a escrita de Veiga encerra em si mesma as três qualidades que Maugham preconiza como imprescindíveis: a clareza, a simplicidade e a eufonia..

Maugham diz que há duas espécies de obscuridades nos escritores:. Uma por negligência, outra por puro capricho. Muitas vezes escrevem obscuramente porque nunca se deram ao trabalho de aprender a escrever com clareza.

Era de esperar que homens que passaram a vida no estudo dos grandes mestres da literatura, fossem suficientemente sensíveis à beleza da linguagem para escrever, senão com beleza ao menos com lucidez.

Mas encontramos nas suas obras frase após frase que temos de ler duas vezes para lhes descobrir o sentido. Muitas vezes mal conseguimos adivinhá-lo, pois os escritores evidentemente não disseram o que pretendiam.

Outra causa de obscuridade é que o próprio escritor não está perfeitamente seguro dos pensamentos. Tem uma vaga impressão do que quer dizer, mas, ou por falta de poder mental ou por preguiça, não o formulou exactamente no seu espírito

Miguel Veiga corresponde ao melhor lado da crítica de Maugham, invocando na sua obra, com a máxima clareza, o seu modo de olhar o Porto, a sua luz .. com uma referência a Eugénio de Andrade: “esta é a luz do mar da Foz, atravessada por duas ou três gaivotas ....e também a Sophia: ”quando eu morrer voltarei para buscar os instantes que não vivi junto do mar..

Mas a obra de Miguel Veiga, lê-se entusiasticamente, porque é verdadeira e sentida ... que empolga mesmo. Encerra uma grande dose de beleza e de amor a este céu cinzento da cidade e a esta cidade

Fui sempre fiel ao Porto a que pertenço e sempre pertenci .. diz Miguel Veiga

Uma excelente obra literária

Queira aceitar, Exmo senhor, os parabéns do
João Brito Sousa

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

REFLEXÃO FILOSÓFICA


UM MUNDO DE VIDAS
por Vegílio Ferreira

Nós vivemos da nossa vida um fragmento tão breve. Não é da vida geral - é da nossa. É em primeiro lugar a restrita porção do que em cada elemento haveria para viver. Porque em cada um desses elementos há a intensidade com o que poderíamos viver, a profundeza, as ramificações.

Nós vivemos à superfície de tudo na parte deslizante, a que é facilidade e fuga. O resto prende-se irremediavelmente ao escuro do esquecimento e distracção. Mas há sobretudo a zona incomensurável dos possíveis que não poderemos viver. Porque em cada instante, a cada opção que fazemos, a cada opção que faz o destino por nós, correspondem as inumeráveis opções que nada para nós poderá fazer.

Um golpe de sorte ou de azar, o acaso de um encontro, de um lance, de uma falência ou benefício fazem-nos eliminar toda uma rede de caminhos para se percorrer um só. Em cada momento há inúmeros possíveis, favoráveis ou desfavoráveis, diante de nós. Mas é um só o que se escolheu ou nos calhou.

Assim durante a vida vão-nos ficando para trás mil soluções que se abandonaram e não poderão jamais fazer parte da nossa vida. Regresso à minha infância e entonteço com as milhentas possibilidades que se me puseram de parte. Regresso à juventude, à idade adulta, ao simples dia de ontem e a infinidade de soluções que não adoptei dava para um mundo de vidas. Foi uma só.

Nela realizei, num único percurso, aquilo que constituiu o todo de uma vida humana. E todavia, nessa estreiteza de ser está o infinito de mim. Deus é a simplicidade absoluta e tem o máximo de ser. Nós conhecemos em nós esse máximo e é por isso que ao Deus o soubemos inventar.

COMENTÁRIO

“Ao que parece a vida, a nossa vida, a vida de todos nós, isso que eu defino como o espaço temporal que nos coube desfrutar desde que chegámos, não se sabe de onde, até que nos vamos embora , não se sabe para onde, tem sido vivida por nós, muito à superfície, muito ao de leve e é um assunto nada aprofundado.

O mundo em que vivemos ou que nós, indirectamente ajudámos a construir é o mundo dos poderosos, esses que estabelecem os modelos de vivência em comum e nos castigam com palavras ou actos, só porque houve um desvio de rota em determinada altura das nossas vidas. A vida, é um conjunto de comportamentos praticados por cada um de nós , cujo somatório final vem desembocar naquilo a que chamamos de Sociedade.

A sociedade manda nas nossas vidas... , não nos deixa viver e impõe-nos a conduta que defende os interesses superiores. Se isto é assim, por um lado, por outro, não tivemos possibilidades de experimentar tudo, ficámos sempre na dúvida, tantas oportunidades para uma vida só, como diz Virgílio Ferreira. Tantas hipóteses, tantos caminhos, tantas possibilidades... no fundo, tantas vidas para uma só vida em cada em de nós.”

Complicado...

João Brito Sousa

AOS NOSSOS PROFESSORES

(somerset maugham)


EM HOMENAGEM À Drª MARIA ALMIRA


LITERATURA

O EXAME DE CONSCIÊNCIA
De somerset maugham

Recomendo a leitura desta obra de Maugham, porque é excepcional.

Dele retiro algumas passagens.

“De certo modo tenho utilizado nas minhas obras tudo quanto me aconteceu ao longo da vida. Muitas vezes uma experiência pessoal me serviu de tema e inventei uma série de incidentes para ilustrá- la “

É uma obra muito interessante, lê-se muito bem. É clara, porque um texto difícil é aquele que é produzido por alguém que não sabe bem a matéria, diz o autor.

“Ninguém pode dizer toda a verdade a respeito de si mesmo, é uma frase que consta na obra ...

Rosseau, nas suas Confissões, narra incidentes que chocaram profundamente a sensibilidade dos homens. Descrevendo-os tão francamente, falsificou-lhes o valor e portanto deu-lhes no seu livro maior importância do que tiveram na sua vida.”...


........................

Texto de
João Brito SOUSA

UM GRANDE COSTOLETA


LUIS CUNHA


Nunca falamos mano a mano. Um dia liguei-lhe, andava ele a passear na rua de Santo António em FARO, claro e, mesmo pelo telefone mantivemos uam conversa de encantar. Disse-me ele, "QUANTA HONRA..."


E fiz-lhe este soneto.


AGORA UM SONETO,

para o Luís Cunha


AO NOSSO ENCONTRO TELEFÓNICO


MEU VELHO

Foi um prazer contactar contigo a passear
Nessa rua da nossa cidade de há tantos anos
Tantos que até tu já nem te podes pentear
E com eles se foram os sonhos e desenganos

E foi um prazer também porque és portador
Do mesmo mal que eu possuo igualmente.
Só que tu serás mais sóbrio e eu mais sonhador
Mas somos dois sofredores como toda a gente

Luís Cunha, meu velho e honrado amigo
Que sejas feliz e tudo decorra bem contigo
E votos de um Bom Natal e Bom Ano Novo

São os votos sinceros que aí vão para ti
Que eu por enquanto irei ficando por aqui
Na cidade do trabalho e do bom povo. ..

João Brito Sousa

PS- Sem tempo para revisão.

E, na resposta Luís Cunha, disse:

Alô JBS, Não sou repentista como tu, mas cá engendrei - qual novo Sá de Miranda - uma resposta adequada ao teu soneto. Desejo que continues a deliciar-nos com as tuas crónicas. Grande abraço. Luís


SONETO

Caríssimo João, aqui te envio
Num versejar mui tosco e obsoleto
A gratidão imensa que confio
Aos catorze versos deste soneto

Tu tens a arte, a graça e o talento
De recordar vivências já passadas
E as gentes que quiseram mais isento
O mundo nosso e desses camaradas

Fiquei feliz de ouvir a tua voz
Mas há um mal atroz que me atormenta
E a ti também, pois rói dentro de nós

Esqueçamos por agora a negra sina
E enquanto brilha a luz que nos sustenta
Viva a cultura que nos ilumina

L.C.
29.11.2007

TENHO SAUDADES DO LUIS A QUEM ENVIO UM ABRAÇO .

jbs

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

NOTA DE ABERTURA


(Escoa Industrial e Comercial de Faro)


ESTE ESPAÇO É DESTINADO A

TODOS OS COSTELETAS,

A TODOS OS BIFES,

A TODOS OS PROFESSORES E ESTUDANTES DE

QUALQUER GRAU DE ENSINO DO ALGARVE SOBRE

TODOS OS ASSUNTOS,

POLÍTICA,

RELIGIÃO,

DESPORTO,

OUTROS

PEDE-SE APENAS ÉTICA NOS TEXTOS

RESERVANDO - ME

O DIREITO DE PUBLICAR OU NÃO OS COMENTÁRIOS


DISPONHAM, CRITIQUEM e ACEITEM OS CUMPRIMENTOS DO
JOÃO M. DE BRITO DE SOUSA