FOTO DO ALMOÇO ANUAL

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A VELHA MALTA

sexta-feira, 1 de abril de 2011

O FUTEBOL E O HOMEM

(Equipa de futebol do Louletano)
MEU CARO LEONEL ABREU,


Viva.

Chegou-me aos ouvidos que o senhor não gostou deste meu trabalho, porque na sua opinião o tratei mal. Como assim ? Gostava de saber.


Ob.

Ab.

JBS


EU GOSTO DE OLHÃO

Por João Brito Sousa


AO PROFESSOR LEONEL ABREU.


Não tenho o prazer de o conhecer, mas sei que pertence a uma família de futebolistas, visto saber que um irmão seu jogou naquela equipa da Académica dos anos 50, na linha média, com o Malícia. Sendo assim, o que me traz até si, tem a ver com futebol, e também com as crónicas que o senhor escreve para o jornal, onde fala de futebol em geral e de si em particular, na qualidade de praticante da modalidade, levando-me a concluir, por esta via, que conhecimentos de futebol o senhor tem e é, inclusivamente, professor, sendo por este lado que gostava de lhe colocar a questão que tenho em mente, quero dizer, gostava que o Prof. Leonel nos desse uma aula de futebol, naquilo que ele tem de mais positivo, ou seja, o contributo do futebol para a formação do homem, que é sempre a minha principal preocupação.


A minha questão é esta? Será que o futebol, com as suas, exigências próprias, poderá contribuir para fazer do atleta um ser humano melhor, inclusivamente, tornando-o uma referência para a juventude. Coloco-lhe estas questões, por um lado por saber haver uma certa faixa etária que não gosta de futebol, outra que o trata mal e serve-se dele e, pelo meu lado, pensar que futebol já não é só jogar à bola, mas sim jogar a bola, com arte e engenho, exigindo este aspecto muito treino e empenho. Uma vez aqui chegados, estamos perante o homem que enverga o fato da alta competição que é, simultaneamente o atleta. Isto para dizer que um jogador de futebol, tem, em minha opinião, a obrigação de saber sê-lo, quer como atleta quer como homem, o que quer dizer que a postura do atleta em campo, desde a entrada no estádio até à saída, tem de ser de respeito por si, pela profissão, pelo adversário, pela competição e quando o atleta chega a esta posição estamos perante o grande jogador. Será assim?


Não sei se será pertinente a questão que coloco, pedindo inclusivamente um comentário ou uma opinião de um especialista como o senhor, mas, entendo que é nossa obrigação, cada um na sua especialidade, dar um pequeno contributo para que o mundo seja melhor, neste caso, começando por melhorar o futebol, que ficou sujo com aquela cabeçada do Zidane ao italiano, com as cenas tristes do Ribery, com a mão de Deus de Maradona, com as arbitragens negativas no último campeonato do Mundo, cujo campeão foi beneficiado com um golo irregular e outras coisas mais.


Escrevi esta crónica, pelos motivos que disse acima e também por pensar que precisamos cada vez mais uns dos outros, porque ninguém sabe tudo. Considero, sobretudo nestes assuntos da área do comportamento humano, que todos devemos participar nela, emitindo a sua opinião, sobre determinado assunto. E porque escritor é aquele que faz com que o Homem seja melhor, como disse Vergílio Ferreira, também o jornalista ou cronista do jornal poderá contribuir para essa melhoria. Concorda?


Deixo-lhe um abraço.


jbritosousa@sapo.pt

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