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A VELHA MALTA

quinta-feira, 14 de julho de 2011

A ARTE




A ARTE
Por João Brito Sousa

A arte, no sentido puro do termo, nunca ninguém definiu, mas poderá dizer-se que é o resultado de um trabalho, onde se evidencia toda a expressão dos sentimentos que quem a produz possui. É verdade que todos nós temos sentimentos, quer dizer, todos nós sentimos, mas não temos igual intensidade pelo que, não nos manifestamos em igual modo e direcção. Para se perceber uma obra de arte é preciso educar o ver. Muitas vezes entramos num Museu e o que é arte para os entendidos, os críticos, os conservadores dos museus, os historiadores, para nós leigos na matéria, o que estamos a ver é outra coisa. A arte uma vez exteriorizada e exposta produz em quem a executou uma sensação de conquista, uma sensação de vitória, que foi o que sentiu Miguel Ângelo ao concluir a estátua da Pietá. Só te falta falar, terá dito.

O artista é um indivíduo que tem atrás de si a preocupação dos males do mundo e tenta intervir, satirizando este ou aquele aspecto menos conseguido. Arte, nasce e morre com a gente, disse António Aleixo. Mas isto não chega, continuamos leigos na mesma. O campo artístico é vasto, está na pintura, está na escultura, está na arquitectura, na poesia e por aí fora. A gente olha ou lê e alguns de nós não entendemos nada. Não há comunicação entre quem percebe e quem não percebe. É preciso dedicação à causa e muita. Há uma barreira entre quem percebe e não percebe. Decidir sobre o que é arte ou avaliar um trabalho artístico são desempenhos diferentes. Mas ambos têm que ter o conceito de arte bem definido.

Se houvesse um modelo de definição para o que é arte e o que não é arte também não resolveria nada. Porque cada um tem a sua sensibilidade própria e não vê mais além e, além disso o gostar evoluiu e é um processo contínuo, que pertence à história da arte. Todavia as opiniões sobre obras de arte são variáveis e isso vem desde longos tempos. A grandiosidade da obras artísticas terão necessariamente encaixadas nas épocas em que foram executadas, tendo em atenção conjunturas passadas e presentes.

O problema que se coloca é, se uma obra agrada ao autor, estamos perante ma obra de arte ou é preciso agradar aos outros também? O quadro “La Gioconda” de Da Vinci, tem diversas interpretações no olhar da retractada, mas nunca ninguém disse que o quadro não é uma obra de arte. Mas aqui, na análise deste quadro, há algo de palpável o que já não acontece com as obras de Picasso, Dali e de outros.

E a poesia de Ruy Belo, Herberto Hélder, Manuel Madeira, António Ramos Rosa, Casimiro de Brito e de outros, é obviamente, éarte.


Será assim ?

jbritosousa@sapo.pt

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