FOTO DO ALMOÇO ANUAL

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A VELHA MALTA

quinta-feira, 19 de maio de 2011

VACANCES



VILLE DE SAINT LAURENT

Por João Brito Sousa

SAINT LAURENT, o local em França onde estou instalado em casa de familiares, fica na periferia de Perpingham e é uma área de vivendas, construída pelos franceses com mais de sessenta e cinco anos. Trabalharam em vários pontos do país, amealharam os seus cobres e, para a parte final da vida, adquiriram já feita ou mandaram construir aqui, a sua vivenda.
Vi uma vez um filme, onde a personagem principal, que fazia o papel de um polícia americano, tinha a mesma forma de pensar que estes franceses e vivia obcecado com o problema da reforma, que, pensava o nosso polícia, lhe daria a liberdade de escolher de fazer ou não fazer coisas Concordo.

De uma maneira geral, penso que será assim em todo o mundo, havendo um certo receio na parte final da nossa estadia por cá e então, cada um trata de enfrentar à sua maneira esse problema da terceira idade. Os franceses que vejo por aqui e estão nessa situação, vão de bicicleta à padaria ou “BOLANGERIE” comprar o pão, melhor, as baguettes, o que é um bom exercício físico para a malta dos sessenta e cinco para cima.


É interessante reparar na protecção dada a quem por aqui anda de bicicleta, pois, juntamente com os que andam a pé, têm corredores próprios para tal desempenho, sendo assim protegidos dos automóveis e camiões. E há placas em certas ruas a dizer isso mesmo “dê prioridade aos ciclistas”

A França continua a ser um grande país, mas nada que se pareça com a França dos anos cinquenta, sessenta ou mesmo setenta do século passado, em termos de emprego e oportunidades de trabalho. Pelo menos é o que dizem os emigrantes portugueses que estão cá desde esses tempos. E esses portugueses são uma autoridade na matéria porque deixam obra feita aqui, sendo alguns até proprietários agrícolas de razoável dimensão.


Mas há qualquer coisa de estranho, pelo menos para mim, nesta França de hoje. Perguntei numa loja onde se vendem jornais, onde se encontrava a Biblioteca e não me soubera-m dizer, coisa que mais tarde vim a descobrir e ficava na rua de trás. Admito todavia que me tenha expressado mal mas fiquei surpreendido. Outra coisa é haver aqui tão poucas casas onde pudéssemos aceder á internet. Encontrei apenas uma, com um preço hora de utilização bem alto e que às segundas feiras só abre às 15 horas. Mas acabei por ter sorte, porque falei nisso à senhora do café que frequento, um estabelecimento que pertenceu ao senhor Daniel, que, curiosamente, viveu aqui em frente da casa onde habito, tendo depois vendido a vivenda a um holandês, partindo não sei para onde, o que contraria a tese inicial, essa de que os franceses vinham para aqui aos sessenta e cinco.


O Daniel saiu, e, dizia eu ter tido sorte, porque no referido café, a senhora me dizer que o estabelecimento estava apetrechado com tal serviço internet e que o poderia utilizar quando quisesse. E assim foi. Utilizei o serviço e deu certo. De tal modo eficiente que vou para lá agora E quero deixar um obrigado à madame do café


Sábado vou-me embora mas espero voltar, porque as paisagens periféricas são fantásticas. Quero aprender rapidamente o caminho para Coulliure. Aqui já é a França da cultura que eu pretendo frequentar, a dos pintores e artistas. Afinal a França sempre é a grande França.


jbritosousa@sapo.pt

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